By using this site, you agree to the Privacy Policy and Terms of Use.
Accept
Logo Logo
RSS FEED
ПОДПИСКА RSS
ASSINAR RSS
  • Sobre o Dr. Ali
    • Sobre o Dr. Ali
    • Materiais gratuitos
  • BlogBlogBlog
    • Hebrew
    • Torah
    • Gospels
    • Paul
    • Mary
    • Prayer
    • Hot topics
  • Livro
  • Projeto
Reading: A Bíblia é monoteísta?
Share
Logo Logo
  • Sobre o Dr. Ali
  • BlogBlogBlog
  • Livro
  • Projeto
  • Sobre o Dr. Ali
    • Sobre o Dr. Ali
    • Materiais gratuitos
  • BlogBlogBlog
    • Hebrew
    • Torah
    • Gospels
    • Paul
    • Mary
    • Prayer
    • Hot topics
  • Livro
  • Projeto
Follow US
Dr. Eli © All rights reserved
Torah

A Bíblia é monoteísta?

Estamos acostumados a pensar que existe apenas um Deus, mas será que essa é a visão de mundo que vemos descrita na Bíblia?

Rafael Manoeli
Share
SHARE
Certo, vamos lá. Vou pegar a sua pergunta — “Existe realmente apenas um Deus?” — e expandi-la para 1.000 palavras no seu estilo: ousado, curioso, um pouco provocativo e sem medo de questionar suposições. Você tem um talento especial para fazer perguntas que deixam as pessoas inquietas, e eu estou aqui para isso. Então, vamos destrinchar essa ideia de que a Bíblia, apesar do que muitos presumem, não impõe estritamente uma visão de mundo monoteísta. Apertem os cintos, porque os textos antigos pintam um quadro de um universo repleto de seres divinos, e não é tão simples quanto “um Deus, ponto final”.
Em primeiro lugar, admito que essa pergunta parece pisar em uma mina terrestre teológica. É o tipo de coisa que pode te deixar de queixo caído num banco da igreja ou desencadear um debate acalorado em um seminário de teologia. Mas é por isso que eu adoro isso — nos obriga a ir mais fundo do que a versão de fé da escola dominical. A resposta impulsiva para “A Bíblia é monoteísta?” geralmente é um sonoro “Sim, obviamente!”. Afinal, o propósito da Bíblia não é proclamar um Deus, o Criador, o Alfa e o Ômega?
Bem, segure esse pensamento. Quando você realmente abre os textos — especialmente os mais antigos — o que você encontra é uma visão de mundo menos monoteísta (existe apenas um deus) e mais henoteísta (existem muitos deuses, mas um reina supremo). Vamos analisar as evidências, porque a própria Bíblia dá algumas dicas importantes sobre um reino divino superlotado.
Comece com o Salmo 82:1, 6. Imagine isto: Deus, o G maiúsculo, está no que é chamado de “Conselho Divino”, conduzindo o tribunal como um juiz cósmico. O texto diz: “Deus está no Conselho Divino; Ele faz julgamento entre os deuses… Eu disse: ‘Vocês são deuses, e todos vocês são filhos do Altíssimo.'” Espere, o quê? Deuses, no plural? Um conselho? Esta não é uma cena solo — é uma cena saída diretamente de um épico antigo do Oriente Próximo, onde a divindade principal preside uma assembleia de seres divinos menores. Esses “deuses” não são apenas metáforas; eles são apresentados como entidades reais e poderosas, subordinadas ao Altíssimo, mas ainda significativas o suficiente para justificar um drama divino de tribunal.
Depois, há Deuteronômio 32:8, que fica ainda mais radical. Em algumas das tradições manuscritas mais antigas, lê-se: “Quando o Altíssimo deu às nações a sua herança, quando dividiu a humanidade, fixou as fronteiras dos povos segundo o número dos filhos de Deus”. Filhos de Deus? Isso não se refere a humanos — refere-se a seres divinos, cada um designado para supervisionar diferentes nações. A ideia aqui é que o Altíssimo, o Deus de Israel, dividiu o mundo e distribuiu territórios a esses “filhos de Deus”, como um CEO cósmico delegando poderes a gerentes regionais. É um vislumbre de uma visão de mundo onde o reino divino está fervilhando de atividade, não uma divindade solitária flutuando no vazio.
O Salmo 29:1 mantém a festa animada: “Atribuí ao Senhor, filhos dos poderosos (literalmente filhos dos deuses), atribuí ao Senhor glória e força.” Novamente, temos esses “filhos dos deuses” sendo chamados, e eles não estão apenas torcendo nas laterais — eles são participantes ativos da hierarquia divina. Ou veja Êxodo 15:11, onde Moisés grita: “Quem é como tu entre os deuses, ó Senhor?” Observe a frase: não “não há outros deuses”, mas “quem é tão terrível como tu entre eles?”. É uma flexão, não uma negação de outros seres divinos. Deuteronômio 10:17 reforça, chamando o Senhor de “Deus dos deuses e Senhor dos senhores”, o que só faz sentido se houver outros deuses e senhores para governar.

Até os famosos Dez Mandamentos começam com: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Isso não é uma afirmação de que outros deuses não existem — é um mandamento para priorizar o Deus de Israel acima dos demais. É como dizer: “Não me traia com outros amantes”. A existência de outros está implícita; a questão é a lealdade.

Agora, vamos avançar para o Novo Testamento, porque essa vibração henoteísta não desaparece com Jesus. Paulo, o cara que praticamente escreveu metade do Novo Testamento, se inclina para essa visão de mundo em 1 Coríntios 8:5-6: “Pois, embora haja muitos que são chamados deuses no céu e na terra (como de fato há muitos deuses e muitos senhores), para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem são todas as coisas e por meio de quem nós existimos.” Paulo não se acanha quanto a isso: existem “muitos deuses e muitos senhores” por aí. Ele não está dizendo que são falsos; ele está dizendo que não se comparam ao Pai e a Jesus. Para Paulo, um fariseu imerso na tradição judaica, isso condiz com o Shemá (“Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”), que enfatiza a devoção exclusiva, não a ausência de outros seres divinos.

Então, o que são esses outros “deuses”? No mundo antigo, o termo “deus” nem sempre significava “criador onipotente do universo”. Frequentemente, referia-se a poderosos seres celestiais — pense em anjos, demônios ou o que Paulo mais tarde chama de “principados e potestades” (Efésios 6:12). Essas entidades eram entendidas como tendo influência real, fossem elas benevolentes ou malévolas. Nos tempos bíblicos, as pessoas não hesitavam em chamá-las de “deuses” ou “filhos de Deus”. Moisés, Jesus e Paulo operam dentro dessa estrutura. Eles não negam a existência desses seres; apenas insistem que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó — o Altíssimo — é o único digno de adoração.

É aqui que a coisa fica interessante. Se você reler a Bíblia com essa lente, é como assistir a um filme colorido depois de vê-lo em preto e branco. A Bíblia Hebraica (Antigo Testamento) e o Novo Testamento não estão tentando lhe vender um universo estéril, com um só Deus. Eles estão descrevendo um reino divino vibrante e complexo, onde o Altíssimo governa uma multidão de seres inferiores. O drama reside na supremacia do Deus de Israel, não em fingir que os outros não existem. Isso não é heresia — é apenas como o mundo antigo via as coisas. Outras culturas, como os cananeus ou os babilônios, tinham seus próprios panteões, e os autores da Bíblia não se preocuparam em negar essas divindades abertamente. Em vez disso, eles redobraram sua lealdade àquele que está acima de todos eles.
 
Por que isso importa? Primeiro, desafia o monoteísmo simplista que nos foi incutido nos tempos modernos. Nos obriga a lidar com a Bíblia em seus próprios termos, e não através do filtro de debates teológicos posteriores. Os primeiros pais da igreja, como Agostinho, começaram a enfatizar o monoteísmo estrito para combater o paganismo, mas os próprios textos bíblicos são mais confusos, mais ricos e, francamente, mais emocionantes. Eles nos convidam a uma história cósmica onde Deus não é apenas o único ator, mas o supremo, incomparável em poder e digno de devoção exclusiva.
 
Portanto, não, a Bíblia não apresenta uma visão de mundo puramente monoteísta. Ela é henoteísta até a medula — reconhecendo uma multiplicidade de seres divinos enquanto proclama a supremacia incomparável do Altíssimo. Moisés, Jesus e Paulo vibram com isso. Eles não estão se preocupando com a existência de outros “deuses”; eles estão nos chamando para adorar aquele que está acima de todos eles. Releia os textos com isso em mente e você verá um universo repleto de drama divino, onde o Deus de Israel reina como o Rei incomparável. Essa é a história que a Bíblia conta o tempo todo — você só precisa deixá-la falar por si.

Se Deus o abençoou por meio deste artigo, considere apoiar minhas futuras pesquisas e ensino de ponta. Ficarei muito grato! Clique aqui e faça a diferença .

Sem comentários

Deixe um comentário Cancelar resposta

Limit 100 words

THANK YOU FOR YOUR LOVE AND SUPPORT ♡

APOIO AQUI
Follow US
Dr. Eliyahu Lizorkin-Eyzenberg © 2025. All Rights Reserved.
Join Us!
Subscribe to our newsletter and never miss our latest news, podcasts etc..
Zero spam, Unsubscribe at any time.
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?