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Apóstolo Paulo

Ele é realmente judeu quem o é interiormente?

Tradicionalmente, pensa-se que os cristãos são "judeus interiores", enquanto os que praticam o judaísmo são judeus apenas exteriormente.

Rafael Manoeli
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Pode ser surpreendente para alguns, mas o conceito de um “bom judeu” e um “mau judeu” é uma ideia antiga e bem estabelecida no pensamento judaico. É claro que digo isso com nuance e cuidado, pois esses termos refletem discussões complexas sobre ética e comportamento, não julgamentos simplistas.

Em Romanos 1-2, Paulo apresenta uma série de argumentos mostrando que tanto judeus quanto gentios estão no mesmo dilema — sofrendo os efeitos do pecado em um mundo igualmente quebrado. Em Romanos 2, ele confronta os crentes em Roma que julgavam seus irmãos judeus (mais “fracos”) que haviam crido no Messias judeu, assim como eles (2:1-4).

Paulo não poupa palavras ou emoções para mostrar como o comportamento errado de alguns seguidores de Cristo antijudaicos em Roma atrairia o juízo de Deus. A justiça divina, como tudo mais, se aplica igualmente a judeus e gregos. Eis como Paulo coloca em Romanos 2:5-11:

“Mas, por causa da tua dureza e coração impenitente, estás acumulando ira para ti mesmo no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e incorrupção; mas ira e indignação aos que são contenciosos e desobedecem à verdade, obedecendo, porém, à injustiça. Tribulação e angústia sobre toda alma do homem que pratica o mal, do judeu primeiro e também do grego; glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego. Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.”

Paulo continua seu argumento farisaico centrado no Shemá, afirmando que o mesmo Deus de Israel e das Nações não apenas traz ira e juízo sobre a maldade dos judeus que quebram a aliança, mas certamente fará o mesmo com os gentios. Leiamos seu argumento em 2:12-16:

“Porque todos os que pecaram sem lei também perecerão sem lei, e todos os que pecaram sob a lei serão julgados pela lei. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os, no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.”

O apóstolo Paulo, usando sua retórica poderosa, busca convencer os romanos de um fato simples — nem todo aquele que afirma ser judeu o é verdadeiramente diante de Deus. Ele repetirá o mesmo argumento mais tarde em Romanos 9, afirmando que nem todos os descendentes de Israel constituem o verdadeiro Israel. O argumento de Paulo é exatamente o oposto do que muitos cristãos hoje entendem — ou seja, “os verdadeiros judeus hoje são os cristãos” e “os judeus não são mais verdadeiramente judeus”. Em vez disso, ele defende a validade contínua da identidade judaica, pois vê (assim como os profetas) que Israel sempre consistiu do “remanescente fiel” e do “resto”. Nem todos os que afirmavam ser judeus eram bons judeus, nem todos os que afirmavam ser Israel realmente o eram. (Tratarei da questão do judeu “interior” vs. “exterior” mais adiante com mais detalhes.)

Ele exorta os crentes romanos no Messias judeu a refletirem sobre isso com ele. “Pensem nisso”, diz o grande apóstolo em Romanos 2:17-25:

“Eis que tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; e conheces a sua vontade, e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído pela lei; e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei; tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.”

Seu ponto é que judeus que desobedecem à Torá não devem ser vistos pelos seguidores romanos de Cristo como judeus verdadeiros/bons. O argumento é simples — não pegue as “maçãs podres” e construa sua teologia antijudaica sobre elas; em vez disso, olhe para os outros tipos de judeus, especialmente os que seguem a Cristo e obedecem à Torá.

Paulo continuará argumentando que, se um judeu não anda ordenadamente segundo a Torá, ele não é diferente de um incircunciso. Embora séculos separem o apóstolo Paulo e Mark Twain, e os dois não tenham escrito sobre a mesma coisa, uma grande citação do famoso escritor americano vem à mente: “O homem que não lê bons livros não tem vantagem sobre aquele que não pode lê-los.” Essa é, em essência, a ideia de Paulo: um judeu que não vive segundo o espírito e a letra da Torá simplesmente não é um (bom) judeu:

“Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza a tem, se cumpre a lei, não te julgará a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei? Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Rom. 2:25-29)

A intenção dessa passagem (Rom. 2:25-29) é bastante simples: um judeu verdadeiro/bom, segundo o apóstolo Paulo, é aquele que tem tanto a circuncisão da carne quanto a do coração! Um membro das Nações, se obediente a todos os requisitos da Torá para não-israelitas, é considerado justo diante de Deus. Por que, então, é importante não afirmar que, em Cristo, “os gentios se tornam judeus espirituais”?

Simplesmente porque isso não é o que acontece. As Nações em Cristo são circuncidadas no coração. Elas se tornam nações espirituais que adoram o Deus de Israel junto com os judeus! Essa é, de fato, uma vocação elevada. Não há nenhuma mais alta. Paulo leva muito a sério a ideia de que as Nações e Israel adorem a Deus juntos sem mudar sua identidade. O Shemá está em jogo. A Torá deve ser comprovada como justa — Deus não é apenas o Deus dos judeus, mas de todo o mundo.

O Criptojudeu

Um dos textos-chave que sustentam o supersessionismo cristão, frequentemente chamado de teologia da substituição, aparece na carta do apóstolo Paulo aos Romanos. A maioria das traduções se alinha com um destes dois exemplos:

“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Rom. 2:28-29, ACF)

Até mesmo a Bíblia Judaica Completa (CJB), em minha opinião, perde completamente a intenção do grego. Ela traduz esses versículos cruciais como a maioria das traduções cristãs, sugerindo que Paulo contrasta o exterior com o interior, quando seu ponto é significativamente diferente.

Argumentarei que uma tradução fiel ao grego original desta carta vital deve transmitir em português o que é evidente no grego: Paulo contrasta “visível com secreto”, não “exterior com interior”. O texto grego diz:

“οὐ γὰρ ὁ ἐν τῷ φανερῷ Ἰουδαῖός (Judeu visível) ἐστιν οὐδὲ ἡ ἐν τῷ φανερῷ ἐν σαρκὶ περιτομή. ἀλλ᾽ ὁ ἐν τῷ κρυπτῷ Ἰουδαῖος (Criptojudeu) καὶ περιτομὴ καρδίας ἐν πνεύματι οὐ γράμματι οὗ ὁ ἔπαινος οὐκ ἐξ ἀνθρώπων ἀλλ᾽ ἐκ τοῦ θεοῦ.” (Rom. 2:28-29)

A primeira frase, “ὁ ἐν τῷ φανερῷ Ἰουδαῖός” (ho en tō phanerō ioudaios), geralmente traduzida como “judeu exterior” ou “judeu exteriormente”, poderia ter essa interpretação, mas “judeu visível” ou “judeu visivelmente” se alinha melhor com uma tradução direta. No entanto, a segunda frase, “ὁ ἐν τῷ κρυπτῷ Ἰουδαῖος” (ho en tō kryptō ioudaios), não pode razoavelmente se tornar “judeu interiormente” se o objetivo for refletir com precisão a justaposição original de Paulo.

A palavra “κρυπτός” (kryptos) deve soar familiar no século XXI — é a raiz de “criptomoeda”. O conceito central da criptomoeda é estar oculto ou secreto de olhos curiosos de alguma forma.

Assim, kryptos fundamentalmente significa secreto ou oculto. Embora inclua “interior”, esse não é seu sentido primário. Central a essa ideia, especialmente aqui, é permanecer invisível aos olhos humanos. Observe como Paulo conclui seu argumento: “cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (Rom. 2:29). Essa frase final mostra claramente que sua crítica ecoa o ensino de Cristo em Mateus 6:1-6:

“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola seja dada em secreto (ἐν τῷ κρυπτῷ); e teu Pai, que vê em secreto (ἐν τῷ κρυπτῷ), te recompensará publicamente. E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai em secreto (ἐν τῷ κρυπτῷ); e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mt. 6:1-6)

Assim como Jesus, Paulo, um judeu, critica duramente não toda a prática judaica com seus muitos rituais externos, mas judeus específicos que agem hipocritamente, desafiando os ensinamentos da Torá. Vale notar que eles não estão sozinhos — escritos rabínicos judaicos ecoam essa condenação de judeus religiosamente visíveis, mas desobedientes à Torá. O Talmude denuncia a hipocrisia em vários lugares. Por exemplo, Pesachim 113b lista três pessoas que Deus odeia, começando com aquela que diz uma coisa, mas pensa outra. Da mesma forma, Yoma 72b afirma que um estudioso da Torá cujo interior não corresponde ao exterior não é um verdadeiro estudioso. Tais referências permeiam os textos judaicos.

Esses exemplos criticam não o judaísmo ou seus praticantes em geral, mas a hipocrisia entre certos judeus. Paulo mira nesse judeu religioso hipotético e hipócrita por uma razão clara. Usando um estilo de diatribe comum em sua época, ele se dirige a uma figura fictícia, assim como fez anteriormente ao criticar um gentio hipotético em Romanos 1:18-32 e 2:1-16. Para os cristãos gentios, a mensagem de Paulo é direta: embora as marcas visíveis de um judeu sejam boas, elas são insuficientes. A fé e as obras devem estar alinhadas com a Torá, indo além de meros sinais de identidade judaica. A circuncisão significa pouco se alguém leva uma vida hipócrita, desobedecendo ao Deus de Israel e à Sua Torá.

E quanto à circuncisão do coração? Esse conceito não é novo — ele vem diretamente da Lei de Moisés no Novo Testamento:

“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma… Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz.” (Dt. 10:12-16)

Além disso:

“E o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração da tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas.” (Dt. 30:6-10)

Profetas como Jeremias reforçam essa ideia:

“Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que ninguém o possa apagar, por causa da maldade das vossas obras.” (Jr. 4:4)

Cristãos que negligenciam isso interpretam mal Paulo como criticando o próprio judaísmo como prática. No entanto, seu ponto é muito diferente. Deus chama tanto judeus quanto gentios a viver sem hipocrisia, com uma consciência limpa diante dEle e dos outros.

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