Vários autores greco-romanos estavam descontentes com o grande sucesso das atividades de proselitismo judaico no Império Romano. Eis alguns exemplos: Decimus Junius Juvenalis, conhecido como Juvenal (final do século I até o início do século II d.C.), foi um poeta satírico e professor romano que descreveu a vida em Roma sob vários imperadores. Ele escreveu:
“O pai descansa mais a cada sétimo dia, evitando a carne de porco; logo, seus filhos se circuncidam, observam as leis de Moisés e desprezam as leis de Roma” (Juvenal, Sátiras 14.96-106).
O autor desse texto entendia que o Shabat, que os tementes a Deus romanos pareciam observar, era o começo de uma ladeira escorregadia que levava à conversão plena, na qual, no fim, um cidadão romano cumpridor da lei adotaria os ritos dos judeus e reivindicaria isenção e proteção contra as leis romanas.
Públio Cornélio Tácito, geralmente chamado de Tácito (56-117 d.C.), foi um senador, historiador e orador do Império Romano. Suas obras mais famosas são Anais e Histórias. Ele escreveu que aqueles que se convertiam ao modo de vida judaico:
“…abandonavam os costumes de seus pais. Renegavam seus próprios deuses, sua pátria e sua própria família” (Tácito, Histórias 5:1-2).
Celso foi um filósofo helenista do século II d.C., opositor dos primeiros seguidores de Cristo. O pai da igreja Orígenes preservou suas palavras em sua obra apologética contra a retórica de Celso. Lá lemos:
“Se os judeus mantivessem sua própria lei, não os censuraríamos, mas sim aqueles que abandonaram suas próprias tradições e adotaram as dos judeus” (Orígenes, Contra Celso 5.41).
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Lúcio Aneu Sêneca, também conhecido como Sêneca, o Jovem, foi um filósofo estoico romano, estadista, dramaturgo e humorista. Falando sobre os judeus, ele diz:
“Enquanto isso, os costumes dessa raça maldita ganharam tanto poder que agora são aceitos em todo o mundo. Os vencidos impuseram leis aos seus vencedores” (Sêneca, citado por Agostinho, Cidade de Deus, c. 5 a.C. – 65 d.C.).
A conversão como uma experiência de abandono radical da identidade religiosa e étnica era conhecida na Antiguidade. Mas essa definitivamente não foi a experiência de Paulo. Paulo não abandonou o judaísmo, mas “se converteu” de uma variante do judaísmo para outra — de um caminho dentro do judaísmo para outro (um judaísmo apocalíptico centrado em Jesus). Ele foi, e continua sendo, um fariseu judeu salvo pela graça do Deus de Israel e chamado ao Seu serviço único como instrumento entre Israel e as Nações. Portanto, com o entendimento desses conceitos básicos, devemos retraduzir e reler o apóstolo Paulo em nosso tempo. Creio que o capítulo final da compreensão cristã sobre esse grande homem judeu ainda não foi escrito.
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