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Reading: A Judia Maria no Evangelho de Lucas
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Maria

A Judia Maria no Evangelho de Lucas

É hora de reconsiderar Maria de Nazaré como uma das maiores mulheres judias que já viveu.

Rafael Manoeli
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O Evangelho de Lucas apresenta Maria de Nazaré como uma figura profundamente judia, enraizada nas tradições religiosas e culturais do judaísmo do primeiro século. Embora os leitores modernos possam achar difícil imaginar Maria como uma judia observante, sua adesão à Torá e sua participação em rituais judaicos são centrais na narrativa de Lucas. Este artigo explora a identidade judaica de Maria por meio de sua observância dos mandamentos da Torá, seu papel em eventos judaicos decisivos e o significado teológico de sua fé dentro do contexto judaico do Evangelho.

A judaicidade de Maria é evidente desde o início da narrativa de Lucas. Em Lucas 2:21-24, lemos que Maria e José cumpriram rigorosamente as prescrições da Torá após o nascimento de Jesus. Eles observaram o período de oito dias para a circuncisão de Jesus, um rito judaico fundamental que marca a inclusão na aliança (Gênesis 17:12). Além disso, cumpriram os requisitos de purificação após o parto, conforme descrito em Levítico 12:2-8, apresentando Jesus no Templo de Jerusalém e oferecendo o sacrifício prescrito de duas rolas ou pombinhos, uma provisão para os de recursos modestos. Esse ato de redenção do primogênito, conforme ordenado em Êxodo 13:2, sublinha seu compromisso com a lei judaica. A escolha de tal sacrifício também sugere sua condição socioeconômica, alinhando-os com os fiéis humildes de Israel que dependiam da provisão de Deus.

A visita ao Templo introduz outra dimensão da identidade judaica de Maria por meio de seu encontro com Simeão, um homem justo que aguardava a consolação de Israel (Lucas 2:25). As palavras proféticas de Simeão em Lucas 2:29-32, declarando Jesus como “luz para revelação aos gentios e glória do teu povo Israel”, situam o filho de Maria dentro da esperança judaica pela redenção messiânica, fundamentada em profecias como Isaías 42:6 e 49:6. A fala subsequente de Simeão a Maria, prevendo que Jesus seria “um sinal de contradição” e que “uma espada traspassaria a tua própria alma” (Lucas 2:34-35), prenuncia o sofrimento que ela enfrentaria, ligando-a ao motivo do servo sofredor nas Escrituras judaicas (Isaías 53). Esse momento destaca o papel de Maria não apenas como mãe, mas como participante do plano redentor de Deus para Israel e além.

A observância judaica de Maria vai além da narrativa da infância. Lucas 2:41 registra que Maria e José iam anualmente a Jerusalém para a Festa da Páscoa, uma peregrinação central para a identidade judaica (Deuteronômio 16:1-6). Essa prática regular evidencia sua devoção aos requisitos festivos e comunitários da Torá. O relato de Jesus aos doze anos, dialogando com os mestres religiosos no Templo (Lucas 2:42-50), ilustra ainda mais a imersão da família na vida religiosa judaica. A ansiedade e perplexidade de Maria quando Jesus fica para trás (Lucas 2:48) refletem sua luta humana para compreender o chamado divino de seu filho, mas sua contínua reflexão sobre esses eventos (Lucas 2:51) revela uma fé profundamente moldada pelas expectativas judaicas da ação divina.

A ênfase de Lucas na observância da Torá por Maria é impressionante, especialmente considerando a suposição comum de que Lucas era um gentio. No entanto, o conhecimento detalhado dos costumes judaicos, das práticas do Templo e das alusões escriturísticas no Evangelho sugere uma familiaridade mais característica de um autor judeu ou alguém profundamente imerso na cultura judaica. Por exemplo, os paralelos da narrativa da infância com histórias patriarcais judaicas, como a concepção miraculosa de Abraão e Sara, reforçam o contexto judaico da narrativa de Lucas. A vida de Maria, como retratada, não é meramente um pano de fundo, mas um testemunho de sua participação ativa na vida covenantal de Israel.

A identidade judaica de Maria também resplandece em sua oração, o Magnificat (Lucas 1:46-55), que ecoa a oração de Ana em 1 Samuel 2:1-10. Como Ana, Maria exalta a justiça de Deus em humilhar os soberbos e exaltar os humildes, um tema presente na literatura profética judaica (e.g., Isaías 40:4). Sua oração reflete um profundo engajamento com as Escrituras de Israel, retratando-a como uma filha fiel de Sião que confia nas promessas de Deus a Abraão e seus descendentes (Lucas 1:55). Essa conexão com a história covenantal de Israel destaca seu papel como representante do remanescente fiel, personificando o ideal da “Virgem Israel” (Jeremias 31:4).

O contexto judaico da vida de Maria também ilumina sua resposta ao anúncio do anjo Gabriel em Lucas 1:26-38. Como uma jovem judia de Nazaré, uma vila possivelmente ligada às esperanças messiânicas (Zacarias 3:8; Isaías 11:1), a aceitação de Maria de seu papel como mãe do Messias reflete uma fé extraordinária dentro de um quadro judaico. Sua pergunta: “Como será isso, pois não conheço homem?” (Lucas 1:34), e sua submissão: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:38), espelham a confiança de figuras bíblicas como Abraão e Moisés, que responderam ao chamado de Deus apesar da incerteza.

A identidade judaica de Maria é ainda destacada por sua conexão com Isabel, membro da linhagem sacerdotal de Arão (Lucas 1:5). O reconhecimento de Isabel de Maria como “a mãe do meu Senhor” (Lucas 1:43) e sua declaração profética de que Maria é “bendita entre as mulheres” (Lucas 1:42) situam Maria na linhagem de mulheres judias fiéis como Sara e Ana. O paralelo entre a concepção miraculosa de Isabel e o nascimento virginal de Maria reforça o tema judaico da intervenção divina na história humana, cumprindo promessas a Israel.

A cena da manjedoura em Lucas 2:7, frequentemente romantizada, também carrega significado judaico. O termo “manjedoura” (phatnē) refere-se a um cocho de animais, simbolizando humildade e prefigurando o papel de Jesus como o “pão da vida” (João 6:35), um conceito ressonante com a imagética pascal judaica. A localização em Belém, que significa “Casa do Pão” em hebraico, liga a história de Maria às promessas davídicas (2 Samuel 7:12-16), reforçando seu papel na esperança messiânica de Israel.

A judaicidade de Maria não é meramente um detalhe histórico, mas uma pedra angular teológica no Evangelho de Lucas. Sua observância da Torá, participação nos rituais do Templo e engajamento com as tradições proféticas judaicas a retratam como uma discípula ideal que personifica a fé de Israel. Sua história faz a ponte entre as Escrituras Hebraicas e o Novo Testamento, apresentando-a como uma judia fiel cuja vida cumpre as promessas covenânticas de Deus. Por meio de Maria, Lucas ilustra a continuidade do plano divino, de Israel para as nações, com sua fé servindo como modelo para todos os crentes.

Citação poderosa

A Bíblia não precisa ser reescrita, mas precisa ser relida.

James H. Charlesworth
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