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Reading: A Névoa Passageira da Vida
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Língua hebraica

A Névoa Passageira da Vida

O dia mais importante da sua vida foi quando você encontrou um propósito.

Rafael Manoeli
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A Névoa Passageira da Vida: Reinterpretando הבל em Qohelet
O livro de Qohelet, conhecido como Eclesiastes na tradição cristã, começa com uma declaração impactante e sombria: “Vaidade de vaidades, diz o Pregador, vaidade de vaidades; tudo é vaidade” (Eclesiastes 1:2, conforme traduções como ASV, ESV, KJV, MEV, NRSV). Essa tradução tradicional em inglês gira em torno da palavra hebraica הבל (hevel), que aparece cinco vezes neste único versículo, enfatizando sua centralidade para a mensagem do texto. No inglês moderno, “vaidade” muitas vezes implica inutilidade ou futilidade, levando alguns tradutores a renderizar הבל como “futilidade” (ex.: CSB, NASB, NJPS) ou, na Common English Bible, como “totalmente sem sentido” para a frase הבלים הבל (havel havalim). No entanto, essas traduções perdem o significado essencial do termo hebraico. Em vez de indicar ausência de sentido, הבל denota “vapor”, “névoa” ou “sopro”, evocando a natureza fugaz e efêmera da vida. Para Qohelet, a vida não é desprovida de propósito, mas transitória, como uma névoa que rapidamente se dissipa. Essa perspectiva transforma a mensagem do livro, destacando o valor de adorar a Deus para impregnar a breve existência humana de significado.

A tradução convencional de הבל como “vaidade” ou “futilidade” sugere que Qohelet enxerga a vida como inerentemente sem sentido ou confusa. Por exemplo, a Contemporary English Version traduz Eclesiastes 1:2 como: “Nada faz sentido! Tudo é sem sentido.” No entanto, essa interpretação entra em conflito com o contexto mais amplo do texto. Qohelet observa o mundo natural com clareza e previsibilidade: “O sol nasce, e o sol se põe, e corre para o lugar onde nasce. O vento sopra para o sul e gira para o norte; o vento gira e gira, e em seus circuitos o vento retorna” (Eclesiastes 1:5-6). Longe de ser sem sentido, o mundo opera em ciclos ordenados. Para Qohelet, o problema não é a falta de lógica, mas a falta de permanência. A jornada diária do sol é rápida, e os circuitos do vento são passageiros. A humanidade também está presa nessa realidade transitória: “Uma geração vai, e uma geração vem, mas a terra permanece para sempre” (Eclesiastes 1:4). Esse contraste entre a terra duradoura e as gerações humanas efêmeras reforça הבל como uma metáfora da brevidade da vida, um vapor que desaparece rapidamente.

O uso de הבל em outras partes da Bíblia Hebraica reforça essa compreensão da vida como passageira. No livro de Jó, em meio ao seu sofrimento, Jó lamenta: “Eu desprezo a minha vida; não viveria para sempre. Deixa-me, pois os meus dias são um vapor (הבל)” (Jó 7:16). Os Salmos ecoam esse sentimento, dirigindo-se a Deus: “Eis que fizeste os meus dias como palmos, e o meu tempo é como nada diante de ti. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vapor (כל-הבל; kol-hevel)” (Salmo 39:5). Da mesma forma, Salmo 144:4 declara: “O homem é como um vapor (הבל); seus dias são como a sombra que passa (כצל עובר; ketsel ‘over).” Essas passagens, enraizadas na literatura sapiencial de Israel, usam consistentemente הבל para descrever a brevidade da vida, comparando-a a um sopro ou névoa que se dissipa rapidamente. Essa imagem captura a condição humana como temporária, não trivial.

O significado de הבל como “vapor” também enriquece nossa leitura de uma narrativa bíblica fundamental: a história de Caim e Abel em Gênesis. Em hebraico, o nome de Abel é Hevel (הבל), idêntico à palavra em Qohelet. Nomear Abel como “Vapor” ou “Névoa” prenuncia sua existência breve, pois ele é morto por seu irmão Caim pouco depois de ser introduzido: “Caim se levantou contra seu irmão Abel e o matou” (Gênesis 4:8). A vida de Abel, como uma névoa, desaparece em um instante, alinhando-se com o significado de seu nome. Essa conexão é ainda mais destacada pelo tratamento dado aos nomes dos irmãos na narrativa. Eva explica o nome de Caim, dizendo: “Adquiri (קניתי; qaniti) um homem com o auxílio do Senhor” (Gênesis 4:1), ligando-o ao verbo hebraico para “adquirir” (קנה; qanah). No entanto, ela não oferece explicação para o nome de Abel (Gênesis 4:2). Para os leitores hebraicos, nenhuma explicação é necessária; a rápida saída de Abel da história—em seis versículos—personifica o significado de הבל como uma presença fugaz.

O foco de Qohelet na brevidade da vida ressoa com a experiência humana. À medida que as pessoas envelhecem, o tempo parece acelerar, com dias e anos passando mais rapidamente. No entanto, Qohelet não equipara essa transitoriedade à falta de sentido. Em vez disso, o Pregador enfatiza que adorar a Deus e alinhar-se com a vontade divina infunde a vida com propósito. Perto da conclusão do livro, Qohelet exorta os leitores a viver com consciência diante da brevidade da vida: “Anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo. Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua carne o mal, porque a juventude e a flor da idade são vapor (הבל)” (Eclesiastes 11:9-10). A natureza fugaz da juventude—simbolizada pelos “cabelos negros” antes de embranquecerem—motiva um chamado para orientar a vida em direção a Deus enquanto há tempo.

Esse tema culmina na exortação final de Qohelet: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude… O fim do discurso, tudo tendo sido ouvido, é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:1, 13). A vida pode ser um “vapor de vapores” (הבל הבלים), mas não é sem valor. Ao temer a Deus e seguir Seus mandamentos, os seres humanos podem encontrar propósito em sua existência breve. A mensagem de Qohelet não é de desespero, mas de urgência, incentivando os leitores a viver com retidão e glorificar a Deus, a fonte da vida, dentro do tempo limitado que lhes é dado.

Entender הבל como “vapor” em vez de “vaidade” ou “futilidade” transforma nossa interpretação de Qohelet. O livro não nega o significado da vida, mas lamenta sua brevidade, instando os leitores a aproveitar a oportunidade de viver com propósito. Essa perspectiva se alinha com a tradição sapiencial mais ampla, que reconhece a efemeridade da vida enquanto afirma o valor duradouro da devoção a Deus. Para os leitores modernos, esse insight desafia leituras pessimistas de Eclesiastes que focam na futilidade. Em vez disso, Qohelet nos convida a ver a brevidade da vida como um chamado à ação—para buscar a justiça, adorar a Deus e encontrar significado nos momentos fugazes que nos são concedidos.

A imagem de הבל como uma névoa também ressoa com reflexões contemporâneas sobre o tempo. Assim como o nevoeiro matinal se dissipa sob o sol, nossos dias passam rapidamente, nos incitando a torná-los significativos. A sabedoria de Qohelet nos lembra que, embora não possamos estender a duração da vida, podemos enriquecer sua qualidade por meio da fé e da obediência. Ao reinterpretar הבל como um símbolo de transitoriedade em vez de trivialidade, descobrimos uma mensagem esperançosa: a vida, embora breve, é um dom precioso que ganha significado através do nosso relacionamento com o divino.

Em conclusão, a palavra hebraica הבל em Qohelet, tradicionalmente traduzida como “vaidade”, é melhor compreendida como “vapor” ou “névoa”, capturando a natureza fugaz da existência humana. Essa interpretação se alinha com o uso do termo em toda a Bíblia Hebraica, desde o lamento de Jó até as reflexões dos Salmos e a vida breve de Abel em Gênesis. Qohelet não declara a vida sem sentido, mas enfatiza sua brevidade, encorajando os leitores a viver com propósito, temendo a Deus e guardando Seus mandamentos. Para o público contemporâneo, essa compreensão de הבל reformula Eclesiastes como um convite para abraçar a transitoriedade da vida, encontrando significado na devoção a Deus em meio à névoa passageira de nossos dias.

Citação poderosa

A Bíblia não precisa ser reescrita, mas precisa ser relida.

James H. Charlesworth
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