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Em Andamento

Davi era um Filho Ilegítimo?

Davi poderia ser um filho ilegítimo de Jessé?

Rafael Manoeli
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A Amazon Studios recentemente lançou a aclamada série A Casa de Davi, que traça a vida de Davi desde suas origens humildes até seu controverso, porém divinamente abençoado, reinado como rei de Israel. Adaptar textos antigos para a tela apresenta desafios, já que lacunas e perguntas não respondidas nas narrativas originais frequentemente deixam os cineastas com histórias incompletas. Como o público tende a responsabilizar os roteiristas, e não o material fonte em si, eles frequentemente preenchem essas lacunas com ideias hipotéticas, porém textualmente plausíveis, para criar produções bem avaliadas.

Em A Casa de Davi, os criadores fazem uma escolha impactante ao retratar Davi como filho ilegítimo de Jessé. Essa interpretação ousada pode inicialmente surpreender os espectadores, levando à pergunta: Essa representação “se sustenta”, ou é apenas um cenário possível, porém improvável?

A questão de se o rei Davi era um filho ilegítimo de seu pai, Jessé, surge de interpretações de certas passagens bíblicas e é elaborada em tradições judaicas extra-bíblicas. Essas tradições podem ser tanto esclarecedoras quanto não confiáveis, dependendo da qualidade da fonte. Geralmente, fontes mais antigas têm maior probabilidade de oferecer insights credíveis, embora isso não seja garantido. Ao reconstruir eventos tão distantes no tempo, lidamos com plausibilidades e probabilidades, não com certezas. A Bíblia não afirma explicitamente que Davi era ilegítimo. Certos versículos e histórias geram especulação, especialmente quando combinados com textos judaicos extra-bíblicos que prometem preencher detalhes ausentes na Bíblia.

Indícios Bíblicos da Possível Ilegitimidade de Davi

Várias passagens no Antigo Testamento são citadas como sugestivas da ilegitimidade de Davi, embora possam ser interpretadas de outras formas.

O primeiro e mais importante texto é parte da famosa confissão de Davi. Lemos:

“הֵן-בְּעָווֹן חוֹלָלְתִּי; וּבְחֵטְא, יֶחֱמַתְנִי אִמִּי”
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51:5).

Esse versículo, atribuído a Davi após seu pecado com Bate-Seba, é tradicionalmente entendido por todas as comunidades cristãs como algo que não se refere especificamente ao nascimento de Davi, mas sim ao nascimento de todas as crianças neste mundo. Ou seja, todas as crianças já nascem pecadoras. Esse texto é usado em conjunto com outros, como “Porque, assim como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados” (1 Co 15:22). Mas e se a interpretação cristã tradicional desse versículo estiver incorreta? E se “em pecado me concebeu minha mãe” de fato se refere ao próprio nascimento de Davi? Isso não poderia indicar alguma história envolvendo um relacionamento ilegítimo entre Jessé e a mãe de Davi? Afinal, milhões de crianças nascem assim em nosso mundo. Os termos usados (“iniquidade” = עָוֹן, ‘avon; “pecado” = חֵטְא, chet) são amplos, abrangendo significados tradicionais e não tradicionais. Além disso, a natureza poética dos Salmos pode sugerir que essa seja uma linguagem hiperbólica expressando a culpa pessoal de Davi, mas em conexão com a triste condição da humanidade como um todo. A maioria das interpretações cristãs predominantes favorece essa visão, vendo-a como uma declaração teológica geral, e não pessoal e específica.

É preciso reconhecer que é um tanto estranho falar sobre o problema do pecado de todo bebê quando se está arrependido de um grande pecado pessoal.

O segundo texto relevante para nossa discussão busca explicar por que Jessé inicialmente não apresentou Davi quando o profeta Samuel pediu que ele reunisse seus filhos diante dele (1 Sm 16:1-13). Samuel pergunta: “São estes todos os teus filhos?” (1 Sm 16:11), e Jessé relutantemente menciona Davi, o mais novo, que estava ausente. Isso poderia ser explicado pela suposição de que Jessé considerava Davi ilegítimo e, portanto, o escondeu do profeta. Sabendo do estigma aplicado a uma criança ilegítima na Torá, entendemos por que Jessé poderia querer escondê-lo:

“Nenhum bastardo entrará na assembleia do SENHOR; nem ainda a sua décima geração entrará na assembleia do SENHOR” (Dt 23:2).

Esse versículo soa estranho ao leitor moderno. Mas, superando o desconforto inicial, podemos entender como Jessé pode ter se sentido. Lembre-se de que Jessé provavelmente lidava com algum nível de vergonha por seus ancestrais incluírem Rute, a moabita. Ela ainda não era a mulher icônica celebrada no judaísmo e no cristianismo. Isso só aconteceria muito depois, quando o Livro de Rute fosse escrito e ganhasse destaque em Israel e, especialmente, no mundo em geral.

Por outro lado, a ausência de Davi poderia ser explicada de outra forma. Ele poderia estar trabalhando nos campos naquele dia, talvez mais longe do que o habitual. Além disso, sua ausência poderia refletir seu status como o filho mais novo, não considerado por Jessé como elegível para se encontrar com o profeta Samuel. De qualquer forma, a história enfatiza a escolha divina do negligenciado, alinhando-se com temas bíblicos de reversão divina (escolher o fraco em vez do forte). Especialmente em contraste com como o rei Saul foi originalmente escolhido por sua aparência e força. Sendo mais alto que os outros, Saul na época personificava o líder-guerreiro ideal desejado pelos israelitas. Ninguém poderia imaginar que o jovem Davi levaria Israel a se tornar um grande reino na região, derrotando os inimigos de Israel e estabelecendo o governo de sua família para sempre.

O Salmo 69:8 mostra Davi se sentindo como um estranho em sua própria família. Ele diz: “Tornei-me um estranho (מוּזָר הָיִיתִי לְאֶחָי) para meus irmãos, um forasteiro para os filhos de minha mãe (וְנָכְרִי, לִבְנֵי אִמִּי)”. A palavra hebraica para “estranho” (muzar) está conectada com o termo para filho ilegítimo (mamzer). “Os filhos de minha mãe”, no entanto, pode se referir a irmãos ou meio-irmãos por parte da mãe de Davi, mas não aos mencionados na Bíblia como filhos de Jessé.

Mas há textos na Bíblia que apresentam punições semelhantes e depois as revertem completamente? A resposta é sim.

Por exemplo, em Jeremias 22, lemos sobre o severo juízo do Senhor contra a casa de Jeoaquim, rei de Judá. É profetizado que ninguém dessa linhagem se assentará no trono de Davi. Deus diz que o arrancará como um anel de selar de sua mão (Jr 22:24-30). No entanto, em Ageu, outro descendente de Jeoaquim, Zorobabel, tem a maldição original removida. Lemos:

“‘Naquele dia’, declara o SENHOR dos Exércitos, ‘eu te tomarei, ó Zorobabel, servo meu, filho de Sealtiel’, diz o SENHOR, ‘e te farei como um anel de selar, porque te escolhi’” (Ag 2:23).

Essa mudança revela que os severos juízos de Deus podem ser revogados por Sua graça, confirmando Sua fidelidade à aliança davídica. Notavelmente, essa revogação da maldição se estende ainda mais. Jesus também é descendente de Jeoaquim por meio de Zorobabel (Mateus 1:12-16). Ele pode assentar-se no trono de Davi precisamente porque a maldição inicial sobre a linhagem de Jeoaquim foi removida de uma vez por todas.

Em vez disso, como o herdeiro davídico supremo, Ele é exaltado para assentar-se no trono de Davi (Lucas 1:32-33), cumprindo a aliança em um sentido espiritual e eterno. Isso demonstra que a misericórdia de Deus transcende julgamentos anteriores, transformando uma linhagem rejeitada no canal para o Messias. A progressão de rejeição para restauração, passando por Jeoaquim, Zorobabel e Jesus, destaca o plano redentor de Deus, onde pronunciamentos divinos de juízo dão lugar a favor e esperança eternos.

A Mãe de Davi Não É Nomeada na Bíblia

Diferente de outras figuras bíblicas importantes cujas mães frequentemente são nomeadas, a mãe de Davi permanece anônima no texto bíblico. As mães de 18 dos 20 reis de Judá são mencionadas no Antigo Testamento, especificamente nos livros de 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas. As exceções são Jeorão e Acaz, cujas mães não são listadas, possivelmente devido a suas mortes antes do reinado de seus filhos ou outras razões não registradas. Essa omissão levou alguns a especular que sua identidade foi suprimida devido a algum escândalo. Por outro lado, a Bíblia frequentemente omite nomes de mulheres, especialmente em genealogias, então isso pode ou não indicar algo incomum. O pai de Davi, Jessé, é claramente identificado, e sua linhagem é traçada sem ambiguidade (Rute 4:17-22).

Fontes Extra-Bíblicas e Tradição Judaica

Fontes judaicas extra-bíblicas, abrangendo séculos, tecem narrativas interpretativas sobre a mãe do rei Davi, Nitzevet, para preencher lacunas bíblicas e enfatizar o favor divino. Esses textos, não históricos, mas teológicos, refletem perspectivas judaicas em evolução sobre as origens de Davi.

O Seder Olam Rabbah (século II d.C.) descreve a genealogia de Jessé, estabelecendo indiretamente as bases para a identificação de Nitzevet. O Targum dos Salmos (séculos I–V d.C.) acrescenta interpretações que sugerem seu papel na história de Davi. Na era talmúdica, Bava Batra 91a (séculos V–VI d.C.) nomeia Nitzevet, filha de Adael, como a mãe de Davi, uma referência breve, mas crucial, que evita debates sobre ilegitimidade, indicando que tais especulações ainda não eram proeminentes. O Midrash Rute Rabbá (séculos V–VI d.C.) liga a linhagem de Davi a Rute, apoiando a narrativa emergente sobre Nitzevet, enquanto o Midrash Tehillim (séculos II–VI d.C.) a associa às provações espirituais de Davi.

O relato mais vívido aparece no Yalkut HaMekiri (século XIV), um midrash tardio. Ele afirma que Jessé, questionando sua ancestralidade moabita, separou-se de Nitzevet após sete filhos, planejando casar-se com uma serva. Nitzevet, desejando Jessé, trocou de lugar secretamente com a serva, concebendo Davi. Sua gravidez levou a acusações de infidelidade, fazendo com que Davi fosse visto como um bastardo e rejeitado. Isso explicaria sua ausência em 1 Samuel 16 e o lamento do Salmo 69:8, retratando-o como divinamente escolhido apesar da rejeição. Como um texto tardio, ele não tem base bíblica e reflete esforços medievais para reconciliar o papel messiânico de Davi com suas origens humildes.

Avaliação Crítica

O texto bíblico torna possível, mas não confirma, a ilegitimidade de Davi. Passagens como o Salmo 51:5 e 69:8, discutidas acima, podem ser interpretadas de outras formas. A ausência de Davi em 1 Samuel 16 pode ser explicada por sua juventude ou seu papel como pastor, não necessariamente vergonha.

Fontes Extra-Bíblicas: Algumas histórias midráshicas, como a de Nitzevet, são atraentes, mas tardias, provavelmente não históricas e criadas para responder a questões ideológicas. Muito provavelmente, refletem a criatividade interpretativa rabínica, e não relatos factuais transmitidos oralmente.

Em resumo, não há evidências esmagadoras que confirmem a ilegitimidade de Davi. A ênfase bíblica em sua linhagem (por meio de Jessé, Boaz e Rute) serve para legitimar seu reinado e papel messiânico, tornando a ilegitimidade uma possibilidade, mas não uma visão confirmável.

Conclusão

A possibilidade de que o rei Davi tenha sido um filho bastardo de Jessé surge de versículos bíblicos ambíguos (como Sl 51:5; 69:8; 1 Sm 16) e é amplificada por tradições judaicas extra-bíblicas, particularmente o midrash sobre Nitzevet. Essas fontes sugerem que Davi foi marginalizado, possivelmente devido a uma concepção mal compreendida, mas são especulativas e carecem de fundamentação histórica. A narrativa bíblica consistentemente afirma Davi como filho legítimo de Jessé, escolhido por Deus apesar de seu status humilde. Histórias extra-bíblicas servem a propósitos teológicos, destacando o favor de Deus pelos rejeitados, mas não devem ser tomadas como fatos. No final, a ideia da ilegitimidade de Davi é uma interpretação provocativa, não uma verdade definitiva, e reflete a riqueza das tradições interpretativas judaicas, não a realidade histórica.

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