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Reading: Divórcio no Cristianismo e no Judaísmo
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Divórcio no Cristianismo e no Judaísmo

Reexamine textos conhecidos sob uma nova perspectiva. Descubra interpretações bíblicas ignoradas.

Rafael Manoeli
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O divórcio é um tema profundamente complexo e emocional, carregado de diferentes significados conforme as tradições religiosas e estruturas teológicas. No Cristianismo e no Judaísmo, o divórcio é abordado com perspectivas distintas, refletindo suas prioridades teológicas e interpretações dos textos sagrados. Além disso, a narrativa bíblica introduz uma metáfora surpreendente: Deus como um Marido divino que “se divorcia” de Israel, Sua parceira infiel da aliança, apenas para convidá-la a voltar. Este ensaio explora as visões cristã e judaica sobre o divórcio, examina a tradução controversa de Malaquias 2:16 e reflete sobre as implicações teológicas do divórcio e novo casamento metafóricos de Deus com Israel.

Cristianismo: O Divórcio como uma Tragédia
No Cristianismo, o divórcio é universalmente visto como uma tragédia, independentemente das circunstâncias que o provocam. Essa perspectiva está enraizada em uma estrutura teológica que enfatiza a santidade e a permanência do casamento como uma instituição divina. Um texto frequentemente citado para fundamentar essa visão é Malaquias 2:16, que, em muitas traduções em inglês, declara: “‘Porque Eu odeio o divórcio’, diz o Senhor” (ACF). Essa interpretação moldou profundamente as atitudes cristãs, apresentando o divórcio como algo inerentemente negativo, uma violação do ideal de Deus para as relações humanas.

Para os cristãos, o divórcio não tem conotação positiva. Mesmo em casos em que pode ser biblicamente justificável—como adultério ou abandono—ainda é visto como um desfecho triste, uma ruptura do vínculo covenantal que espelha o relacionamento de Deus com a humanidade. A ênfase está na reconciliação e na perseverança no casamento, com o divórcio visto como último recurso, quando sequer é permitido. Essa perspectiva muitas vezes deriva dos ensinamentos do Novo Testamento, como as palavras de Jesus em Mateus 19:6: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem”, que reforçam o ideal da indissolubilidade matrimonial.

Judaísmo: O Divórcio como uma Realidade Necessária
Em contraste, o Judaísmo adota uma postura mais pragmática em relação ao divórcio. Embora não seja celebrado ou tratado com leviandade, o divórcio não é inerentemente visto como pecado ou tragédia. Em vez disso, é reconhecido como um passo legítimo e às vezes necessário em um mundo caído, especialmente quando um casamento atinge um estado irreparável. A lei judaica, conforme delineada na Torá, permite o divórcio por várias razões, incluindo infidelidade conjugal, violência doméstica ou negligência do cônjuge. O processo é formalizado pela emissão de um get (certificado de divórcio), conforme descrito em Deuteronômio 24:1-4, garantindo que a dissolução do casamento seja feita com intencionalidade e clareza legal.

O Judaísmo reconhece uma realidade crítica que o Cristianismo, de modo geral, muitas vezes ignora: a única coisa pior que o divórcio é um casamento ruim. Um casamento tóxico ou disfuncional, marcado por conflito, negligência ou abuso, pode ter um impacto mais prejudicial sobre os indivíduos e seus filhos do que a dor temporária do divórcio. Embora o divórcio inevitavelmente cause turbulência emocional, especialmente para as crianças, a exposição diária a um ambiente conjugal nocivo pode incutir padrões prejudiciais que prejudicam o bem-estar futuro. Nesse sentido, o Judaísmo vê o divórcio como uma concessão à imperfeição humana, um mecanismo para mitigar danos maiores quando a reconciliação não é mais viável.

Reexaminando Malaquias 2:16: Um Debate de Tradução
A visão cristã do divórcio como tragédia é fortemente influenciada pela tradução tradicional de Malaquias 2:16: “Porque Eu odeio o divórcio, diz o Senhor”. No entanto, estudos recentes desafiam essa interpretação, sugerindo que o texto hebraico pode transmitir um significado diferente. A frase hebraica ki-sane shalach (כִּי-שָׂנֵא שַׁלַּח) é gramaticalmente ambígua. Em vez de Deus declarar “Eu odeio o divórcio”, o texto poderia ser traduzido como: “Se ele odeia e repudia sua mulher”, como aparece na Christian Standard Bible (CSB): “Se ele odeia e repudia sua mulher, diz o Senhor Deus de Israel, ele cobre sua veste com injustiça” (Ml. 2:16-17).

Essa tradução alternativa desloca o foco de uma condenação universal do divórcio para uma crítica ao divórcio injusto ou frívolo, iniciado por um marido que “odeia” sua esposa sem causa válida. Alinha-se mais de perto com as leis de divórcio em Deuteronômio 24:1-4, que permitem a um homem divorciar-se de sua esposa se encontrar “coisa indecente” nela, desde que emita um certificado formal de divórcio. A tradução da CSB sugere que Malaquias está abordando a responsabilidade moral da parte que se divorcia, condenando ações que levam à injustiça, e não o divórcio em si.

Além disso, a palavra hebraica sane (שָׂנֵא), frequentemente traduzida como “odiar”, nem sempre carrega o sentido moderno de aversão intensa. No hebraico antigo, sane podia denotar uma preferência comparativa ou rejeição, como em Malaquias 1:2-3, onde Deus diz: “Amei a Jacó, porém odiei a Esaú”. Isso é melhor entendido como “preferi Jacó a Esaú”. Da mesma forma, a declaração de Jesus em Lucas 14:26, de que é preciso “odiar” os pais para segui-Lo, é uma expressão idiomática que enfatiza prioridade, não ódio literal. Se Malaquias 2:16 realmente reflete a voz de Deus, a frase “Eu odeio o divórcio” pode ser melhor compreendida como Deus expressando desaprovação do divórcio feito sem justa causa, e não uma rejeição universal da prática.

Deus como o Marido Divorciado: Um Paradoxo Teológico
A narrativa bíblica introduz uma metáfora marcante que complica a discussão sobre o divórcio: Deus como o Marido de Israel, Seu povo da aliança. Na literatura profética, o relacionamento de Israel com Deus é retratado como um casamento, com Deus como o Marido fiel e Israel como a esposa (Isaías 54:5; Jeremias 3:14). No entanto, a idolatria de Israel—descrita como adultério metafórico—leva Deus a emitir uma “carta de divórcio” ao reino do norte de Israel, enviando-o ao exílio durante a invasão assíria (Jeremias 3:8). Esse ato divino de divórcio é uma resposta à infidelidade persistente de Israel, que “adulterou com a pedra e com o madeiro” (Jeremias 3:9).

Mas a história não termina com a separação. Em uma reviravolta surpreendente, Deus convida a infiel Israel a voltar: “‘Volta, ó infiel Israel’, diz o Senhor; ‘Não farei cair a Minha ira sobre ti, porque sou misericordioso’” (Jeremias 3:12). Deus declara: “Eu sou teu Marido. Eu te escolherei… e te trarei a Sião” (Jeremias 3:14). Essa oferta de reconciliação parece contradizer a proibição da Torá de recasar-se com um cônjuge divorciado (Deuteronômio 24:1-4), levantando questões profundas sobre a natureza do divórcio divino versus o humano.

A distinção entre divórcio humano e divino é significativa. O divórcio humano, conforme legislado na Torá, é final; um homem não pode se recasar com sua ex-esposa se ela se casou com outro. O divórcio de Deus com Israel, porém, opera sob regras diferentes, refletindo Sua misericórdia ilimitada e fidelidade covenantal. Ao convidar Israel a voltar, Deus transcende as restrições legais do divórcio humano, oferecendo restauração onde a lei humana a consideraria impossível. Esse paradoxo destaca a tensão entre justiça e graça no caráter de Deus, bem como a natureza única de Sua aliança com Israel.

Reconciliando Perspectivas: Perguntas e Reflexões
As visões diferentes do Cristianismo e do Judaísmo sobre o divórcio, combinadas com a complexa imagem do divórcio e novo casamento de Deus com Israel, levantam várias questões. Como reconciliar a tradução tradicional de Malaquias 2:16 com interpretações alternativas que desafiam sua condenação do divórcio? A metáfora do divórcio de Deus com Israel sugere que o divórcio, embora não ideal, pode ter um propósito redentor em certos contextos? E como equilibrar a ênfase cristã na permanência matrimonial com o reconhecimento judaico do divórcio como uma realidade necessária em um mundo caído?

Para os cristãos, o desafio está em manter o ideal do casamento para a vida toda em tensão com a realidade pastoral de relacionamentos rompidos. A perspectiva judaica oferece um insight valioso: o divórcio, embora doloroso, pode ser um caminho para a cura quando um casamento se torna destrutivo. A narrativa bíblica do divórcio e reconciliação de Deus com Israel complica ainda mais a discussão, sugerindo que a graça divina pode transformar até mesmo as alianças mais quebradas.

No fim, o tema do divórcio exige nuance e compaixão. Seja visto como tragédia, necessidade ou metáfora divina, ele reflete as complexidades das relações humanas e a esperança duradoura de redenção. O que você acha? Essas perspectivas foram representadas de forma justa, ou há mais a explorar na interação entre teologia, Escritura e experiência vivida?

Citação poderosa

A Bíblia não precisa ser reescrita, mas precisa ser relida.

James H. Charlesworth
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