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Reading: Hagar e o Deus de Abraão
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Torá

Hagar e o Deus de Abraão

Uma história de uma escrava egípcia que foi vista e ouvida por Deus.

Rafael Manoeli
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A narrativa bíblica de Sara, Hagar e Abraão, conforme encontrada no Livro de Gênesis, é uma história profunda que explora temas de fé, fragilidade humana, intervenção divina e o desdobramento da aliança de Deus com Israel e com as nações do mundo. Este relato, rico em complexidade emocional e espiritual, oferece insight sobre as dinâmicas de família, poder e propósito divino.

A psicologia da concepção

A história começa com Sarai, a esposa de Abrão, que enfrentou a profunda dor da infertilidade em uma cultura onde gerar filhos era uma medida central do valor de uma mulher (Gn 16:1). A palavra hebraica para a esterilidade de Sarai, ‘aqarah (עֲקָרָה), transmite não apenas esterilidade física, mas um vazio existencial profundo, um vazio que ecoava seu papel não cumprido na promessa de Deus a Abrão. Após anos esperando o cumprimento da promessa de Deus de fazer de Abrão o pai de uma nação poderosa, Sarai, em seu desespero, propôs uma solução culturalmente aceitável, mas emocionalmente angustiante: ela ofereceu sua escrava egípcia, Hagar, a Abrão como uma substituta (Gn 16:2). A frase hebraica l’ishah (לְאִשָּׁה), frequentemente traduzida como “por mulher”, sugere que o papel de Hagar era mais do que uma mera concubina; carregava um peso legal no Antigo Oriente Próximo, vinculando Hagar à casa de Sarai, mas complicando seu status.

Hagar, primariamente descrita como shifchah (שִׁפְחָה), um termo que denota uma serva ou escrava, engravidou após sua união com Abrão (Gn 16:3-4). O texto hebraico observa que a gravidez de Hagar fez com que ela “olhasse com desprezo” para Sarai (va-teqal ‘eyneha, וַתֵּקַל עֵינֶיהָ), literalmente significando “seus olhos se aliviaram” ou “ela considerou levianamente”. Esta frase sugere uma mudança sutil no comportamento de Hagar, talvez um novo senso de valor ou desafio, já que seu ventre carregava o herdeiro que Sarai não podia ter. Isso despertou o ressentimento de Sarai, descrito em hebraico como ‘enah (עֵינָה), um termo ligado à aflição ou opressão, revelando a profundidade do orgulho ferido de Sarai. O tratamento severo de Sarai à egípcia Hagar, descrito como va-te‘anneha (וַתְּעַנֶּהָ, “ela a afligiu”), ecoa a opressão posterior de Israel no Egito, sugerindo um padrão cíclico de sofrimento humano (Gn 16:6). Sentindo-se humilhada e impotente, Hagar fugiu para o deserto, buscando escapar da crueldade de sua senhora.

Primeiro Encontro Divino

A fuga de Hagar para o deserto marca um momento pivotal, pois introduz a primeira de várias intervenções divinas. Junto a uma fonte no caminho de Sur, Hagar encontrou o mal’akh YHWH (מַלְאַךְ יְהוָה), o anjo do Senhor (Gn 16:7). O termo hebraico mal’akh pode significar “mensageiro” ou “anjo”, mas seu uso aqui, aliado à posterior nomeação de Deus por Hagar, sugere um encontro divino direto, único para uma mulher escrava não israelita. O anjo dirigiu-se a Hagar com compaixão, perguntando: “Hagar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais?” (Gn 16:8). A frase hebraica, me-ayin ba’t v’anah telekhi (מֵאַיִן בָּאתְ וְאָנָה תֵלֵכִי), é terna, mas perscrutadora, reconhecendo a identidade de Hagar enquanto a convida a articular sua história—um raro momento de agência para uma mulher marginalizada.

O anjo instruiu Hagar a voltar para Sarai e se submeter à sua autoridade, usando o verbo hebraico hit‘anni (הִתְעַנִּי, “humilha-te”), que ecoa a aflição anterior de Sarai, mas a reformula como um ato de resistência com propósito (Gn 16:9). A promessa do anjo de que os descendentes de Hagar seriam multiplicados além da conta (lo’ yisaper mi-rov, לֹא יִסָּפֵר מֵרֹב, “incontáveis”) espelha a linguagem da aliança dada a Abrão, elevando o papel de Hagar no plano de Deus (Gn 16:10). Seu filho, chamado Ismael (Yishma‘el, יִשְׁמָעֵאל), que significa “Deus ouve”, deriva da raiz hebraica shama‘ (שָׁמַע), sublinhando a atenção de Deus aos seus clamores. A descrição de Ismael como um “homem selvagem” (pere’ adam, פֶּרֶא אָדָם) evoca uma imagem vívida de liberdade indomada, com pere’ sugerindo uma criatura do deserto, resiliente, mas em desacordo com outrosS (Gn 16:12).

Ismael com o tempo se tornará o pai dos parentes mais próximos de Israel—os árabes. É comum que judeus e cristãos pensem que ele se tornou o pai de todos os muçulmanos, mas não é o caso. Apenas o povo árabe (uma minoria entre os muçulmanos) traça sua linhagem até ele. Incidentemente, o nome Ismael tem sido usado em comunidades judaicas, particularmente entre judeus sefarditas e Mizrahim no Norte da África, Oriente Médio e Mediterrâneo. Registros históricos como registros sinagogais e lápides tumulares mostram seu uso. Sua prevalência era maior em comunidades sefarditas devido à sobreposição cultural com regiões de língua árabe, onde Ismail é comum. Por exemplo, considere o Rabino Ismael ben Eliseu, que viveu de 90 a 135 d.C.

A resposta de Hagar é profunda. Ela nomeou o Senhor que lhe falou de El Roi (אֵל רֹאִי), significando “o Deus que me vê”, um nome único nas Escrituras (Gn 16:13). O verbo hebraico ra’ah (רָאָה, “ver”) carrega um sentido de percepção íntima, sugerindo que Deus não apenas observou a situação de Hagar, mas verdadeiramente a entendeu. O poço, nomeado Beer-lahai-roi (בְּאֵר לַחַי רֹאִי, “o poço do Vivente que me vê”), combina chai (חַי, “vivente”) e ro’i (רֹאִי, “meu vidente”), enfatizando um encontro dinâmico e vivificante com o divino. Este momento sublinha um tema central: a atenção de Deus para com os marginalizados, tecida na ênfase do texto hebraico em ver e ouvir.

O Nascimento de Ismael e Isaque

Hagar retornou à casa de Abrão e deu à luz Ismael quando Abrão tinha 86 anos (Gn 16:15-16). Sarai, agora nomeada Sara, concebeu miraculosamente e deu à luz Isaque (Yitzchaq, יִצְחָק, “ele ri”) em sua velhice, um nome ligado à raiz hebraica tzachaq (צָחַק, “rir”), refletindo a alegria e incredulidade de seu nascimento (Gn 21:1-5). O nascimento de Isaque cumpriu a aliança de Deus, estabelecendo-o como o herdeiro através de quem as promessas de Deus seriam realizadas.

No entanto, o nascimento de Isaque reacendeu as tensões. Quando Sara viu Ismael metzacheq (מְצַחֵק, “rindo” ou “zombando”) com Isaque, o verbo hebraico sugere um ato lúdico, mas possivelmente provocativo, talvez ecoando o riso do nome de Isaque, mas com uma edge competitiva (Gn 21:9). A demanda de Sara para expulsar Hagar e Ismael usa o verbo severo garash (גָּרַשׁ, “repudiar/expulsar”), refletindo sua determinação em assegurar a herança de Isaque (Gn 21:10). O texto hebraico sublinha o desgosto de Abraão com ra‘a be‘eynav (רָעָה בְּעֵינָיו, “isso foi mau em seus olhos”), destacando seu profundo amor por Ismael, seu filho primogênito (ben, בֵּן), um termo carregado de peso emocional (Gn 21:11). Deus tranquilizou Abraão, prometendo que Ele cuidaria de Hagar e Ismael e que ele também se tornaria um goy gadol (גּוֹי גָּדוֹל, “grande nação”), ecoando a linguagem da aliança para Isaque (Gn 21:12-13).

Segundo Encontro Divino

Este sexto teste, exigindo que Abraão exile Ismael, prenuncia o sétimo teste em Gênesis 22, onde Deus ordena que Abraão sacrifique Isaque. A frase hebraica sh’ma b’qolah (שְׁמַע בְּקֹלָהּ, “ouve a sua voz”) na instrução de Deus para atender a Sara enfatiza o alinhamento divino com sua demanda, ainda que a suavize com uma promessa para Ismael (Gn 21:12). Abraão despediu Hagar e Ismael com provisões mínimas—confiando na provisão de Deus (Gn 21:14). No deserto de Berseba, quando sua água se esgotou, o desespero de Hagar é vívido no hebraico tissa’ et-qolah (תִּשָּׂא אֶת־קוֹלָהּ, “ela levantou a sua voz”), um derramamento cru de luto (Gn 21:16).

A resposta de Deus veio através do Anjo do Senhor, chamando do céu e afirmando que Deus shama‘ (שָׁמַע, “ouviu”) os clamores de Ismael (Gn 21:17). A frase hebraica va-yipqach Elohim et-‘eyneha (וַיִּפְקַח אֱלֹהִים אֶת־עֵינֶיהָ, “Deus abriu os seus olhos”) para ver um poço sugere uma revelação milagrosa, ligando-se de volta a El Roi, onde foi Hagar que foi vista pelo Senhor (Gn 21:19). Ismael cresceu e se tornou um hábil e bem-sucedido caçador no deserto de Parã, e Hagar conseguiu para ele uma esposa egípcia (Gn 21:20-21). Na tradição islâmica, o Alcorão rebatiza esta história, colocando Abraão e Ismael em Meca, construindo a Caaba (casa de Deus). Embora isso contraste com a Berseba bíblica (o Alcorão é conhecido por sua plethora de imprecisões ao reutilizar e repurposear histórias bíblicas), convida à reflexão sobre o vínculo duradouro de Abraão com Ismael. Gênesis 25:9, que descreve Ismael e Isaque enterrando Abraão conjuntamente após sua morte, pode corroborar parcialmente esta imaginação corânica. Isso implica que algum nível de conexão persistiu, já que Ismael estava ciente e envolvido no sepultamento de seu pai.

Conclusão

No comovente conto de Hagar, Abraão e Sara, o texto hebraico revela um Deus que transforma a ruptura humana em promessa divina. Hagar, uma escrava marginalizada, encontrou esperança no deserto, vista e ouvida pelo Deus de Abraão. A história tece uma tapeçaria de atenção divina, afirmando que ninguém é invisível para Deus. A obediente angústia de Abraão e a frágil humanidade de Sara revelam que mesmo em nossas lutas mais profundas, a aliança e o propósito de Deus perduram, trabalhando Seus propósitos redentores através de Isaque e Ismael igualmente. Esta história nos lembra que com nosso Deus, nenhuma dor passa despercebida, e nenhum clamor passa sem ser ouvido. Como Hagar, somos chamados a levantar e ajudar outros a levantar do desespero—a confiar em Deus, que abre nossos olhos para poços que atualmente podemos não ver. O Deus de Hagar e Abraão nos vê, nos ouve, e tece nossas histórias fraturadas em Sua tapeçaria eterna de esperança, onde cada vida encontra propósito e cada lágrima, propósito e redenção.

Citação poderosa

A Bíblia não precisa ser reescrita, mas precisa ser relida.

James H. Charlesworth
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