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Reading: Maria como Rainha-Mãe Judaica
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Maria

Maria como Rainha-Mãe Judaica

Rafael Manoeli
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A designação de Maria como “Rainha do Céu” ou a “Nova Rainha-Mãe” na teologia católica baseia-se em uma rica tradição bíblica e histórica que atribui um papel singular às mães dos reis de Judá no Antigo Testamento. Esse conceito, fundamentado nas referências à gebira (termo frequentemente traduzido como “senhora” ou “rainha-mãe”), sugere que a mãe do rei ocupava uma posição oficial e significativa na corte real, inferior apenas ao próprio monarca. Teólogos católicos argumentam que, se Jesus é o Rei Davídico por excelência, então Maria, sua mãe, assume o papel da gebira definitiva, uma rainha-mãe no reino de Deus. No entanto, essa interpretação não é consenso entre os estudiosos, uma vez que as evidências sobre o papel da gebira são contestadas. Este ensaio examina a representação bíblica das mães dos reis de Judá, o conceito de gebira, os argumentos a favor de Maria como a Nova Rainha-Mãe e as críticas a essa identificação, avaliando suas implicações teológicas e ecumênicas.

As Mães dos Reis de Judá no Antigo Testamento

Os livros de 1 e 2 Reis registram meticulosamente os nomes de quase todas as mães dos reis de Judá, um costume que ressalta sua importância na monarquia davídica. Por exemplo, 1 Reis 14:21 menciona que a mãe de Roboão era Naamá, a amonita; 1 Reis 15:1–2 identifica Maacá como mãe de Abias; e 2 Reis 8:25–26 nomeia Atalia como mãe de Acazias. Das dezenove rainhas-mães documentadas, apenas as de Jorão e Acaz são omitidas (2 Reis 8:16, 16:1). Essa menção consistente sugere um papel que vai além da relação biológica, indicando uma posição de influência ou autoridade na corte judaica.

Exemplos específicos ilustram esse status elevado. Bate-Seba, mãe de Salomão, é uma figura central na monarquia unificada. Em 1 Reis 1:11–31, ela desempenha um papel crucial na sucessão de Salomão ao trono, e em 1 Reis 2:13–25, seu pedido em favor de Adonias leva Salomão a se levantar, inclinar-se e colocá-la à sua direita, um gesto de profundo respeito e autoridade. Maacá, mãe de Asa, exerce influência religiosa, como visto na criação de uma imagem de Aserá, o que resulta em sua remoção do cargo de gebira (1 Reis 15:13). Atalia, mãe de Acazias, assume o trono por seis anos após a morte do filho (2 Reis 11), demonstrando poder político significativo. Neusta, mãe de Joaquim, é destacada no relato do exílio (2 Reis 24:15), e Hamutal, mãe de Jeoacaz e Zedequias, reforça a proeminência recorrente das rainhas-mães (2 Reis 23:31). Até Jezabel, uma rainha-mãe do norte, é tratada com deferência por visitantes de Judá (2 Reis 10:13), indicando sua autoridade.

Esses exemplos apontam para um padrão em que a mãe do rei ocupava um papel distinto, frequentemente envolvendo funções políticas, religiosas ou intercessórias. A menção consistente dessas mulheres no texto bíblico, juntamente com suas ações documentadas, sustenta a ideia de que elas não eram figuras acidentais, mas integrantes da governança e do legado da dinastia davídica.

O Conceito de Gebira

O termo hebraico gebira (גְּבִירָה), frequentemente traduzido como “senhora”, “grande dama” ou “rainha”, aparece quinze vezes no Antigo Testamento (e.g., Gênesis 16:4, 1 Reis 15:13, Jeremias 13:18). No contexto da monarquia judaica, está associado à rainha-mãe, sugerindo um título ou função oficial. Estudiosos como Niels-Erik Andreasen argumentam que a gebira ocupava uma posição política significativa, inferior apenas ao rei, com acesso e influência sobre o monarca. As interações de Bate-Seba com Salomão, a autoridade religiosa de Maacá, a usurpação de Atalia e a proeminência de Neusta nos relatos do exílio apoiam essa visão. A gebira frequentemente agia como conselheira, intercessora ou figura religiosa, representando os interesses da corte e do povo.

No entanto, essa interpretação não é unânime. A estudiosa israelense Zafira Ben-Barak desafia a noção de gebira como um cargo formal, argumentando que as evidências são escassas e inconsistentes para sustentar uma teoria abrangente. Ela observa que apenas quatro rainhas-mães—Bate-Seba, Maacá, Hamutal e Neusta—recebem atenção detalhada nos textos bíblicos, e suas ações podem ser exceções, não uma norma. Ben-Barak afirma que conclusões amplas sobre a importância institucional da gebira são prematuras, dada a amostra limitada e a falta de evidências explícitas de um cargo formal em todos os reinados.

Maria como a Nova Rainha-Mãe

A teologia católica propõe que Maria, como mãe de Jesus—o Rei Davídico por excelência—assume o papel da gebira definitiva, ou rainha-mãe, no reino de Deus. Esse argumento baseia-se no precedente bíblico das rainhas-mães de Judá, cuja influência e status prefiguram a posição exaltada de Maria. A realeza de Jesus está enraizada na aliança davídica, como visto em Lucas 1:32–33, onde o anjo Gabriel declara que Jesus receberá “o trono de Davi, seu pai” e “reinará para sempre sobre a casa de Jacó”. Se as mães dos reis davídicos tinham um papel especial, então Maria, como mãe do Rei eterno, herdaria logicamente um status análogo, se não superior.

A imagem em Apocalipse 12:1–2, que descreve uma mulher “vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas”, reforça essa visão. O simbolismo celestial e a coroa sugerem uma figura real, e seu papel como mãe do Messias (Apocalipse 12:5) alinha-se com a identidade de Maria nos Evangelhos. A referência aos “demais filhos” (Apocalipse 12:17), que guardam o testemunho de Jesus, apoia a interpretação católica de Maria como mãe espiritual da Igreja, um papel prefigurado pela função intercessória da gebira. Em João 19:26–27, Jesus confia Maria ao discípulo amado, estabelecendo-a como mãe dos crentes, um paralelo com o papel maternal da gebira no reino.

A tradição católica, articulada em documentos como Lumen Gentium (1964), enfatiza a realeza de Maria como extensão de sua maternidade divina. Seu papel intercessório, visto nas Bodas de Caná (João 2:1–11), espelha a função da gebira como advogada, exemplificada pela petição de Bate-Seba a Salomão. A veneração consistente de Maria como Rainha do Céu nas tradições católica e ortodoxa reflete esse arcabouço teológico, enraizado no retrato bíblico das rainhas-mães de Judá.

Avaliação Crítica

Embora o caso de Maria como Nova Rainha-Mãe seja convincente, enfrenta desafios. Primeiro, as evidências bíblicas sobre a gebira como cargo formal não são conclusivas. Embora a menção frequente das rainhas-mães e sua influência sugiram um papel significativo, estudiosos como Ben-Barak destacam a falta de consistência em todos os reinados. As ações de Bate-Seba, Maacá e Atalia podem ser excepcionais, e o termo gebira nem sempre está explicitamente ligado à rainha-mãe (e.g., Isaías 47:5 aplica-o à Babilônia). Essa ambiguidade enfraquece o argumento de que toda mãe de rei tinha uma posição oficial padronizada.

Segundo, o Novo Testamento não chama explicitamente Maria de rainha-mãe ou gebira. Embora Lucas 1:32–33 estabeleça Jesus como Rei Davídico, e Apocalipse 12 retrate uma figura real, a conexão com Maria depende de interpretação teológica, não de evidência textual direta. A imagem em Apocalipse 12 pode simbolizar primariamente Israel ou a Igreja, com Maria como figura secundária. João 19:26–27 apoia a maternidade espiritual de Maria, mas não confere um título real. O argumento católico, portanto, depende de uma síntese entre tipologia bíblica e tradição posterior, o que pode não convencer quem prioriza evidência explícita.

Terceiro, o contexto histórico e cultural da gebira deve ser considerado. O papel da rainha-mãe em Judá provavelmente refletia práticas do Antigo Oriente Próximo, onde a mãe do rei tinha influência devido à proximidade do poder e ao papel na sucessão. Aplicar esse modelo a Maria exige transpor o abismo entre o Judá do primeiro século e o reino eterno de Deus, um salto que pressupõe continuidade entre a monarquia terrena e a divina. Estudiosos protestantes, cautelosos em elevar Maria além do texto bíblico, podem ver isso como um exagero, preferindo interpretações que enfatizam a autoridade exclusiva de Cristo.

Implicações para o Diálogo Teológico

A questão de Maria como Nova Rainha-Mãe destaca uma tensão mais ampla entre hermenêuticas católica e protestante. A teologia católica, com sua ênfase na tradição e na tipologia, vê a realeza de Maria como extensão natural de seu papel como mãe do Rei Davídico, apoiada pelo precedente da gebira e pelo simbolismo do Apocalipse. As tradições protestantes, priorizando a sola scriptura, frequentemente resistem a tais interpretações devido à falta de endosso explícito no Novo Testamento. A visão híbrida de Apocalipse 12, que vê a mulher como Maria e Israel/Igreja, oferece uma ponte possível, reconhecendo o papel único de Maria enquanto o fundamenta na comunidade da aliança.

O debate sobre a gebira também convida à reflexão ecumênica. Reconhecer a proeminência bíblica das rainhas-mães pode ajudar os protestantes a apreciar a veneração católica de Maria como enraizada no contexto judaico, não como uma invenção tardia. Por outro lado, os católicos podem considerar as críticas ao papel da gebira para refinar seus argumentos, assegurando que repousem em evidências textuais sólidas. Esse diálogo promove respeito mútuo, incentivando os cristãos a ver a importância de Maria através da herança bíblica compartilhada.

Conclusão

A identificação de Maria como a Nova Rainha-Mãe é uma interpretação plausível e teologicamente rica, fundamentada no retrato bíblico da gebira e na realeza davídica de Jesus. A menção consistente das rainhas-mães de Judá, sua influência documentada e o simbolismo de Apocalipse 12 apoiam a visão católica de Maria como uma figura real com um papel único no reino de Deus. No entanto, os debates acadêmicos sobre o status institucional da gebira e a ausência de referências explícitas a Maria como rainha-mãe no Novo Testamento recomendam cautela contra afirmações dogmáticas. As evidências são sugestivas, mas não definitivas, convidando os fiéis a explorar a interação entre tipologia do Antigo Testamento e cumprimento no Novo. Essa exploração não apenas aprofunda a compreensão do papel de Maria, mas também incentiva católicos e protestantes a dialogar construtivamente, apreciando as raízes compartilhadas de sua fé enquanto respeitam diferenças interpretativas.

Citação poderosa

A Bíblia não precisa ser reescrita, mas precisa ser relida.

James H. Charlesworth
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