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Reading: Metáfora hebraica do nariz longo de Deus
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Língua hebraica

Metáfora hebraica do nariz longo de Deus

As metáforas hebraicas são incríveis, e este artigo perspicaz explora uma delas!

Rafael Manoeli
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Conforme o ano judaico se aproximava do fim, nossa comunidade se reuniu para observar o Yom Kippur, o Dia da Expiação—um dia carregado de significado, solenidade e esperança. Não era apenas mais uma reunião. Era um momento sagrado, uma pausa coletiva para buscar perdão, refletir sobre nossas falhas e nos inclinar para a misericórdia de Deus. Nossa sinagoga local, lotada até as paredes, não conseguia acomodar a todos, então nos espalhamos pelo centro comunitário da vila, logo adiante. O espaço era simples, mas o ambiente estava eletrizante de reverência. Ao longo do dia, enquanto orações e leituras enchiam o ar, um refrão se destacava—um canto hebraico ecoando as palavras que Deus falou a Moisés em um momento de revelação divina (Êxodo 34:6-7). Essas palavras, entoadas com fervor, carregavam uma verdade sobre Deus que é ao mesmo tempo profunda e, francamente, um pouco peculiar.

O cerne desse canto vem de uma passagem em que Deus descreve a si mesmo, passando diante de Moisés enquanto o protege do peso total da glória divina. É um dos autorretratos mais impressionantes das Escrituras: “O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado” (Êxodo 34:6-7, ACR). Mas escondida nessa declaração está uma frase hebraica que não sobrevive bem à tradução para o português. Deus chama a si mesmo de erech apaim (אֶרֶךְ אַפַּיִם), pronunciado aproximadamente como “ê-rech a-pái-im”. Se você está coçando a cabeça porque não lê hebraico, não se preocupe—a maioria das pessoas na sala também não lia. Mas aqui está o ponto: você deve se permitir ficar curioso sobre o hebraico, porque essa frase é uma joia. Literalmente, erech apaim significa “longo de nariz”. Sim, você leu certo. Deus tem um nariz longo. No plural, na verdade. O que isso significa?

Antes que você imagine Deus com um nariz cômico e gigante, vamos desvendar isso. No hebraico antigo, a linguagem era vívida, física e cheia de imagens. Diferente dos nossos termos abstratos em português, o hebraico frequentemente vinculava emoções ao corpo. Quando alguém ficava com raiva, o rosto avermelhava, as narinas dilatavam e o nariz—bem, parecia ocupar mais espaço. A palavra hebraica af (nariz) está até ligada à ira em expressões como “nariz ardente” para descrever fúria (pense em Êxodo 15:8 ou Salmo 18:8). Então, quando Deus diz que é erech apaim—longo de nariz—é uma forma figurativa de dizer que ele é tardio em irar-se. Suas narinas não se inflamam rapidamente. Seu temperamento não explode ao primeiro erro. Em vez disso, a paciência de Deus se estende, como um nariz que se recusa a inchar de fúria. É uma imagem bela, quase lúdica, do autocontrole divino, e está no coração da mensagem do Yom Kippur.

Pense no contexto dessa declaração. Em Êxodo 34, Israel acabara de cometer um grande erro—adornaram um bezerro de ouro, quebrando a aliança logo após os trovões no Sinai (Êxodo 32). Moisés implora por misericórdia, e Deus responde revelando seu caráter: compassivo, piedoso, tardio em irar-se, transbordando de amor leal. Isso não é uma declaração teológica fria; é uma tábua de salvação. O “nariz longo” de Deus significa que ele não desiste do seu povo, mesmo quando eles merecem. No Yom Kippur, enquanto confessamos nossas próprias falhas—pessoais e comunitárias—essa verdade se torna nossa âncora. A misericórdia de Deus dura mais que nossos erros. Sua paciência é maior que nossa rebeldia.

Essa frase, erech apaim, não é apenas uma curiosidade linguística. É uma janela para o coração de Deus. Ao longo das Escrituras, vemos esse “nariz longo” em ação. Quando Israel murmura no deserto, Deus provê maná em vez de fogo (Números 11). Quando Davi peca com Bate-Seba, Deus perdoa, mesmo enquanto disciplina (2 Samuel 12). Quando Nínive se arrepende nos dias de Jonas, Deus recua do juízo (Jonas 3:10). Repetidamente, a demora de Deus em irar-se cria espaço para redenção. E no Yom Kippur, enquanto entoamos essas palavras, não estamos apenas recitando história—estamos reivindicando essa mesma misericórdia para nós. É um lembrete de que a paciência de Deus ainda está em ação, nos convidando a nos voltarmos, a sermos renovados.

Mas vamos ser sinceros por um momento. Essa ideia de um “nariz longo” não é só sobre Deus—é um desafio para nós. Se Deus é tardio em irar-se, e nós? Quão rápido inflamos nossas próprias narinas quando alguém nos corta no trânsito, trai nossa confiança ou simplesmente nos irrita? O Yom Kippur não é apenas sobre receber a misericórdia de Deus; é sobre nos tornarmos pessoas que a refletem. Os sábios hebreus frequentemente ligavam os atributos de Deus em Êxodo 34 ao comportamento humano, exortando-nos a “imitar Deus” sendo compassivos, piedosos e, sim, longos de nariz (veja o Talmude, Shabat 133b). Imagine se nossos narizes ficassem um pouco mais longos—se aprendêssemos a pausar, respirar e escolher paciência em vez de raiva. Esse é o tipo de transformação que o Yom Kippur nos chama a viver.

Agora, vamos falar sobre a adoração em si. Imagine a cena: um centro comunitário lotado, vozes se elevando em hebraico, alguns tropeçando nas palavras, outros cantando com fluência. A melodia de erech apaim percorre o serviço, nos ligando a séculos de oração judaica e ao momento em que Deus falou essas palavras a Moisés. Não é apenas um canto; é uma confissão de quem Deus é e de quem somos chamados a ser. O Yom Kippur nos desnuda—nossos pecados, nossa fragilidade, nossa necessidade de graça—e essa declaração do caráter de Deus se torna nossa tábua de salvação. Nós a cantamos não porque seja cativante, mas porque é verdade. O nariz longo de Deus significa que há esperança, mesmo quando falhamos.

Para aqueles de nós que não sabem hebraico, esse momento pode ser um incentivo. Aprender um pouco da língua abre as Escrituras de maneiras que o português não consegue. Você não precisa ser um estudioso—apenas curioso. Comece com uma frase como erech apaim. Deixe-a rolar na sua língua. Sinta sua estranheza, sua poesia. É um lembrete de que a Bíblia não foi escrita em nossa língua ou cultura. É um texto estrangeiro, e mergulhar em suas palavras originais é como entrar em um novo país, cheio de surpresas e profundidade. Recursos como dicionários de hebraico ou interlineares online podem ajudar, mas a verdadeira chave é a disposição para se envolver.

Conforme entramos em um novo ano, vamos carregar essa verdade conosco: o nariz de Deus é longo, e sua misericórdia é ainda mais longa. O Yom Kippur nos lembra que sua paciência cria espaço para perdão, renovação, segundas chances. Mas também nos chama a esticar nossos próprios narizes—a crescer em paciência, a refletir a graça de Deus em um mundo rápido em explodir de raiva. Então, aqui está minha oração por nós: Que sintamos o peso da imensa misericórdia de Deus neste ano. Que o encontremos mais intimamente, deixando seu caráter moldar o nosso. E que nossos narizes—nossos ânimos, nossos corações—cresçam mais longos enquanto caminhamos com o Deus que é tardio em irar-se e abundante em amor.

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