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Torá

O que é uma estrutura quiástica?

A maioria dos crentes não sabe que toda a Bíblia está repleta de padrões literários especiais. É hora de consertar isso.

Rafael Manoeli
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A Torá emprega um recurso literário notável conhecido como quiasmo, uma estrutura que organiza palavras, frases ou elementos temáticos em um padrão espelhado para enfatizar o significado e criar uma sensação de simetria. Nesta estrutura, o texto apresenta uma sequência de ideias ou eventos e depois os revisita em ordem inversa, formando uma espécie de palíndromo literário. Esta técnica, frequentemente representada como A, B, C … C’, B’, A’, destaca o design intrincado do texto e ressalta sua natureza holística. Ao analisar o uso do quiasmo nas narrativas bíblicas, descobrimos camadas de significado que de outra forma permaneceriam ocultas. Na história de Noé e do dilúvio (Gênesis 6-9), enquanto a maioria dos leitores se concentra na salvação da humanidade e dos animais por meio da arca, a estrutura quiástica sugere que o verdadeiro cerne desta narrativa hebraica antiga está em outro lugar. Será que negligenciamos a mensagem central desta história?
A Estrutura Quiástica: Um Espelho Literário
O quiasmo deriva seu nome da letra grega chi (Χ), que se assemelha visualmente ao padrão de cruzamento ou espelhamento da estrutura. Em um arranjo quiástico, elementos temáticos ou narrativos são emparelhados simetricamente em torno de um ponto central. Esses pares são frequentemente denotados como A e A’, B e B’, e assim por diante, sendo o elemento central (que carece de um paralelo) o clímax ou ponto focal da narrativa. A história de Noé em Gênesis 6-9 exemplifica esta estrutura, desdobrando-se em uma sequência cuidadosamente elaborada que avança para um momento pivotal em Gênesis 8:1. Este versículo central, onde “Deus se lembrou de Noé”, constitui o ápice teológico e literário da narrativa, rodeado por elementos espelhados que reforçam sua significância.
Para ilustrar isso, considere o quiasmo temático de Gênesis 6-9, que pode ser esquematizado da seguinte forma:
A Noé é introduzido (6:10a)
__B Sem, Cam e Jafé, os filhos de Noé (6:10b)
___C A arca a ser construída (6:14-16)
____D O dilúvio é anunciado (6:17)
_____E A aliança com Noé (6:18-20)
______F Comida armazenada na arca (6:21)
_______G Ordem para entrar na arca (7:1-3)
________H 7 dias de espera pelo dilúvio (7:4-5)
_________I 7 dias de espera pelo dilúvio (7:7-10)
__________J Entrada na arca (7:11-15)
___________K O SENHOR (YHWH) fecha a porta para Noé (7:16)
____________L 40 dias de dilúvio (7:17a)
_____________M As águas aumentam (7:17b-18)
______________N As montanhas são cobertas (7:19-20)
_______________O 150 dias: as águas prevalecem (7:21-24)
________________P DEUS SE LEMBRA DE NOÉ (8:1)
_______________O’ 150 dias: as águas diminuem (8:3)
______________N’ Os topos das montanhas tornam-se visíveis (8:4-5)
_____________M’ As águas diminuem (8:5)
____________L’ 40 dias (fim de) (8:6a)
___________K’ Noé abre a janela da arca (8:6b)
__________J’ O corvo e a pomba saem da arca (8:7-9)
_________I’ 7 dias de espera para as águas baixarem (8:10-11)
________H’ 7 dias de espera para as águas baixarem (8:12-13)
_______G’ Ordem para sair da arca (8:15-17 [22])
______F’ Comida fora da arca (9:1-4)
_____E’ Aliança com toda a carne (9:8-10)
____D’ Nenhum dilúvio no futuro (9:11-17)
___C’ A arca é deixada (9:18a)
__B’ Sem, Cam e Jafé (9:18b)
A’ Noé reintroduzido (9:19)
Esta estrutura revela um arranjo deliberado e simétrico, com cada elemento cuidadosamente emparelhado com sua contraparte. A progressão de A a P e de volta a A’ cria um arco narrativo que chama a atenção para o momento central, enfatizando seu peso teológico.
O Elemento Central: Deus se Lembra de Noé
O coração do quiasmo é encontrado em Gênesis 8:1, que diz em hebraico:
וַיִּזְכֹּר אֱלֹהִים אֶת־נֹחַ וְאֵת כָּל־הַחַיָּה וְאֶת־כָּל־הַבְּהֵמָה אֲשֶׁר אִתּוֹ בַּתֵּבָה וַיַּעֲבֵר אֱלֹהִים רוּחַ עַל־הָאָרֶץ וַיָּשֹׁכּוּ הַמָּיִם׃
Traduzido, este versículo afirma:
E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os seres viventes, e de todo o gado, que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas. (Gn 8:1, ACR)
Este versículo serve como o fulcro de toda a narrativa. Em um quiasmo, o elemento central é o ponto de maior ênfase, o momento onde o significado mais profundo da história é revelado. Aqui, a frase “Deus se lembrou de Noé” não é meramente um detalhe narrativo, mas uma declaração teológica profunda. O verbo hebraico zakar (“lembrar”) carrega conotações de atenção ativa e fidelidade covenantal, implicando que Deus se volta para Noé com misericórdia e propósito. Este momento marca a transição do juízo (o dilúvio) para a restauração (o recuo das águas), encapsulando o triunfo da misericórdia divina sobre a ira divina.
Significância Teológica do Momento Central
A centralidade de Gênesis 8:1 ressalta um tema-chave na narrativa de Noé: a fidelidade de Deus à Sua criação. Enquanto o dilúvio representa o juízo divino sobre a maldade humana (Gn 6:5-7), o ato de Deus se lembrar de Noé sinaliza Seu compromisso de preservar a vida. Este momento não é apenas sobre a salvação pessoal de Noé, mas também sobre a relação covenantal mais ampla entre Deus e todas as criaturas viventes. A inclusão de “todos os seres viventes e de todo o gado” em Gênesis 8:1 destaca a extensão do cuidado de Deus, indo além da humanidade para toda a ordem criada.
Este tema da lembrança divina ressoa por toda a Torá. Por exemplo, em Gênesis 19:29, Deus se lembra de Abraão, poupando Ló da destruição de Sodoma. Da mesma forma, em Êxodo 2:23-25, Deus se lembra da Sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó, respondendo aos clamores dos israelitas no Egito e iniciando sua libertação. Estes paralelos sugerem que a história de Noé é parte de um motivo bíblico maior da memória redentora de Deus. Em cada caso, a lembrança divina marca um ponto de virada onde o juízo dá lugar à misericórdia, e a destruição é seguida por renovação.
No contexto da narrativa do dilúvio, Gênesis 8:1 também evoca a imaginação da criação. A frase “Deus fez passar um vento sobre a terra” relembra Gênesis 1:2, onde o Espírito (ou vento, ruach) de Deus pairava sobre as águas. Este paralelo sugere que o recuo do dilúvio é uma espécie de recriação, uma renovação da terra após o caos do juízo. A estrutura quiástica reforça isso ao colocar o momento da lembrança divina no centro, enquadrando-o como o pivô entre o caos e a restauração.
A Estrutura Quiástica Mais Ampla
Os elementos espelhados ao redor de Gênesis 8:1 reforçam os temas da narrativa de juízo, preservação e renovação. Por exemplo, o anúncio do dilúvio (D) é emparelhado com a promessa de nenhum dilúvio futuro (D’), destacando a mudança de Deus do juízo para a graça. A aliança com Noé (E) encontra sua contraparte na aliança com toda a carne (E’), expandindo o alcance da promessa de Deus. O aumento das águas (M) e sua diminuição (M’) espelham a ascensão e queda do dilúvio, enquanto a cobertura das montanhas (N) e a visibilidade dos topos das montanhas (N’) simbolizam a reversão da destruição.
Até mesmo os detalhes menores, como os períodos de espera de sete dias (H, I, H’, I’), refletem a cuidadosa simetria da narrativa. Estes períodos de espera destacam a paciência e a confiança exigidas de Noé, culminando no ato divino de lembrança que inicia o processo de restauração. Da mesma forma, o SENHOR fechar a porta para Noé (K) é espelhado por Noé abrir a janela da arca (K’), simbolizando a transição da proteção divina para a agência humana no mundo renovado.
Conclusão: O Cerne da História
A estrutura quiástica de Gênesis 6-9 revela que a história de Noé não é primariamente sobre a arca, os animais, ou mesmo o dilúvio em si. Em vez disso, o coração da narrativa reside em Gênesis 8:1, onde Deus se lembra de Noé e de todas as criaturas viventes. Este momento encapsula o triunfo da misericórdia divina sobre o juízo, um tema que reverbera através da Torá e além. Ao colocar este ato de lembrança no centro do quiasmo, o texto convida os leitores a ver a fidelidade de Deus como o fundamento da esperança e da renovação. Longe de ser uma mera história de sobrevivência, a narrativa de Noé é um testemunho profundo do compromisso duradouro de Deus com a Sua criação, uma mensagem que permanece tão relevante hoje quanto era nos tempos antigos.

Citação poderosa

A Bíblia não precisa ser reescrita, mas precisa ser relida.

James H. Charlesworth
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