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Torah

Quem eram os filhos de Deus?

Descubra possíveis respostas para uma das perguntas mais intrigantes da Bíblia.

Rafael Manoeli
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Quem Eram os Filhos de Deus?

A identidade dos “filhos de Deus” em Gênesis 6:1–2 é um dos mistérios mais enigmáticos e debatidos da Bíblia. O texto declara: “Aconteceu que, quando os seres humanos (הָאָדָם) começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas (וּבָנוֹת יֻלְּדוּ לָהֶם), os filhos de Deus (בְנֵי-הָאֱלֹהִים) viram que as filhas dos homens eram belas (בְּנוֹת הָאָדָם, כִּי טֹבֹת הֵנָּה) e tomaram para si mulheres, as que, entre todas, escolheram.” Essa referência misteriosa, somada à menção dos “Nefilins” em Gênesis 6:4, gerou séculos de especulação. Quem eram esses “filhos de Deus”? Seriam seres angélicos, descendentes humanos de Sete, governantes tirânicos ou membros de um conselho divino? Este ensaio explora quatro interpretações principais, avalia seu embasamento bíblico e contextual e propõe uma visão favorecida — a de que os “filhos de Deus” eram membros do Conselho Divino de Deus — mantendo-se aberto à complexidade do texto. A discussão está estruturada para complementar a exploração anterior sobre a esposa de Caim.

O Cenário Interpretativo

A brevidade de Gênesis 6:1–4, combinada com sua linguagem arcaica e cosmovisão, permite múltiplas interpretações. A expressão “filhos de Deus” (בְנֵי-הָאֱלֹהִים, b’nei ha-Elohim) aparece em outras partes do Antigo Testamento, como em Jó, fornecendo pistas, mas nenhuma resposta definitiva. As “filhas dos homens” (בְּנוֹת הָאָדָם, b’not ha-adam) e sua descendência, frequentemente associada aos Nefilins, adicionam mais complexidade. Quatro interpretações principais dominam as discussões acadêmicas e tradicionais, cada uma baseada em diferentes pressupostos textuais, teológicos e culturais.

1. A Interpretação Angélica

A primeira interpretação sugere que os “filhos de Deus” eram seres angélicos que transgrediram limites divinos ao se casarem com mulheres humanas. Essa visão, prevalente nas tradições judaicas e cristãs antigas, baseia-se em textos como o Livro de Enoque (1 Enoque 6–11), uma obra do período do Segundo Templo que descreve “Vigilantes” (anjos) descendo à terra, cobiçando mulheres e gerando descendentes gigantes, os Nefilins. O apoio bíblico inclui Jó 1:6, 2:1 e 38:7, onde “filhos de Deus” aparecem como seres celestiais apresentando-se diante de Deus ou regozijando-se na criação. O Novo Testamento pode ecoar essa visão, pois Judas 1:6–7 menciona anjos que “não guardaram seu domínio” e cometeram pecado sexual, possivelmente aludindo a Gênesis 6.

Pontos fortes: Essa interpretação se alinha com mitos do Antigo Oriente Próximo sobre uniões divino-humanas e combina com o tom sobrenatural de Gênesis 6:1–4, especialmente a descrição dos Nefilins como “homens poderosos” e “homens de renome” (Gn 6:4). O termo b’nei ha-Elohim frequentemente denota seres espirituais no Antigo Testamento, e a transgressão explica o dilúvio como juízo divino (Gn 6:5–7).

Desafios: A ideia de anjos se casando com humanos levanta questões teológicas. Jesus afirma em Mateus 22:30 que os anjos não se casam, embora isso possa se aplicar ao seu estado celestial, não a um estado caído. O texto canônico não fornece detalhes explícitos sobre anjos descendo, dependendo de fontes extra-bíblicas como 1 Enoque para esclarecimento. Além disso, a viabilidade biológica de uniões entre anjos e humanos é especulativa, pois os anjos são geralmente retratados como seres espirituais, não físicos.

2. A Interpretação Setita

A segunda visão identifica os “filhos de Deus” como os descendentes piedosos de Sete, o terceiro filho de Adão, e as “filhas dos homens” como mulheres da linhagem ímpia de Caim. Essa interpretação humanocêntrica surgiu na exegese cristã primitiva, em parte para evitar as implicações sobrenaturais da visão angélica. Ela enquadra Gênesis 6 como uma lição moral sobre os justos (linhagem de Sete) se casando com os ímpios (linhagem de Caim), levando à corrupção social e ao dilúvio.

Pontos fortes: Essa visão evita elementos sobrenaturais especulativos, ancorando a narrativa na história humana. Gênesis 4–5 contrasta a linhagem rebelde de Caim (ex.: a violência de Lameque, Gn 4:23–24) com a fiel de Sete (ex.: “os homens começaram a invocar o nome do Senhor,” Gn 4:26). A ênfase no pecado humano em Gênesis 6:5–7 apoia um declínio moral impulsionado por escolhas humanas.

Desafios: O texto não vincula explicitamente os “filhos de Deus” a Sete ou as “filhas dos homens” a Caim. O termo b’nei ha-Elohim nunca é usado para humanos em outras partes do Antigo Testamento, tornando essa interpretação menos natural linguisticamente. Além disso, a natureza extraordinária dos Nefilins (Gn 6:4) é mais difícil de explicar como meros descendentes humanos, e a visão luta para justificar o tom cósmico da passagem.

3. A Interpretação dos Governantes

A terceira interpretação propõe que os “filhos de Deus” eram governantes tirânicos ou nobres, possivelmente descendentes de Lameque (Gn 4:19–24), que abusaram de seu poder ao tomar mulheres como esposas. Essa visão interpreta b’nei ha-Elohim como “filhos dos deuses” ou “líderes divinamente nomeados,” refletindo expressões do Antigo Oriente Próximo onde reis ou elites eram chamados de filhos divinos (ex.: Sl 2:7). A frase “as que, entre todas, escolheram” (Gn 6:2) sugere poligamia coercitiva, alinhando-se com o comportamento violento e polígamo de Lameque.

Pontos fortes: Essa visão mantém o foco na humanidade, evitando suposições sobrenaturais ou genealógicas. Ela se encaixa no contexto social de Gênesis 6:5, onde a maldade humana aumenta, e paralela histórias antigas de homens poderosos explorando mulheres. Os Nefilins poderiam ser vistos como seus descendentes notórios, elevados pelo status de seus pais.

Desafios: Assim como a visão setita, essa interpretação enfrenta dificuldades com o termo b’nei ha-Elohim, que tipicamente denota seres celestiais, não governantes humanos. A descrição dos Nefilins como “gigantes” ou “homens poderosos” (Gn 6:4) é menos convincente se forem apenas filhos de elites humanas. A visão também carece de apoio textual direto para identificar os “filhos de Deus” como governantes.

4. A Interpretação do Conselho Divino

A quarta e favorecida interpretação propõe que os “filhos de Deus” eram membros do Conselho Divino de Deus, seres celestiais distintos que habitavam o reino divino, mas não eram anjos. Essa visão baseia-se em passagens como Salmo 82:1, onde Deus preside um conselho de “deuses” (אֱלֹהִים, Elohim), e Jó 1:6, 2:1 e 38:7, onde os “filhos de Deus” participam de assembleias celestiais. Esses seres, subordinados ao Senhor, transgrediram ao se casar com mulheres humanas, produzindo os Nefilins.

Pontos fortes: Essa interpretação se alinha com o uso linguístico de b’nei ha-Elohim como seres celestiais e a cosmovisão antiga de um conselho divino (ex.: 1 Rs 22:19–20; Is 6:6–8). Ela explica a natureza extraordinária dos Nefilins como híbridos divino-humanos e o dilúvio como juízo por uma rebelião cósmica. O Jardim do Éden, descrito como uma montanha em Ezequiel 28:12–13, serve como um ponto de encontro cósmico, apoiando a ideia de seres divinos interagindo com humanos em um espaço sagrado.

Desafios: Assim como a visão angélica, essa interpretação depende de uma estrutura sobrenatural que pode parecer especulativa para leitores modernos. A distinção entre membros do Conselho Divino e anjos nem sempre é clara nas Escrituras, e o texto não descreve explicitamente esses seres descendo à terra. As implicações teológicas de seres divinos pecando também exigem cuidado.

Reflexões Bíblicas e Contextuais

Para os israelitas, Gênesis 6 não era um quebra-cabeça científico, mas uma narrativa teológica afirmando a soberania de Deus sobre um mundo caótico. A história dos “filhos de Deus”, seja sobre rebelião divina ou corrupção humana, destacava a necessidade de intervenção divina (o dilúvio) e renovação da aliança (Noé). Hoje, leitores em contextos politeístas, como partes da Índia, podem achar a visão do Conselho Divino intuitiva, ressoando com um universo povoado por seres espirituais. Para outros, a passagem desafia pressupostos modernos sobre o governo solitário de Deus, convidando a uma exploração mais profunda do escopo cósmico das Escrituras.

Conclusão

Os “filhos de Deus” em Gênesis 6 permanecem um mistério profundo, com interpretações variando de seres angélicos a descendentes de Sete, governantes tirânicos ou membros do Conselho Divino. A visão do conselho, imaginando a família celestial de Deus transgredindo no espaço sagrado do Éden, melhor se alinha com a linguagem do texto e a cosmovisão israelita. As cenas do conselho em Jó, o papel cósmico do Éden e a filiação única de Jesus enriquecem essa perspectiva, mas a brevidade do texto exige abertura a outras possibilidades. Esse enigma nos convida a maravilhar-nos com a tapeçaria das Escrituras, onde os reinos divino e humano se entrelaçam, instando-nos a buscar a sabedoria de Deus em meio ao mistério de Sua criação.

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